Ensino

Ações de ensino já podem ser incluídas na aba 'Projetos', do Lattes

Novidade põe plataforma em sintonia com o tripé que orienta as atividades acadêmicas das universidades brasileiras

Projetos de ensino ganharão mais visibilidade acadêmica
Projetos de ensino ganharão mais visibilidade acadêmica Raíssa César / Facebook GIZ

Professores, estudantes e servidores técnico-administrativos agora podem incluir, na aba "Projetos", do Currículo Lattes, suas contribuições para aperfeiçoar o ensino. A abrangência da plataforma, administrada pelo CNPq, foi ampliada com o objetivo de refletir a realidade das universidades, que está fundamentada na tríade ensino, pesquisa e extensão.

A construção do ensino por meio de projetos é parte das orientações metodológicas de várias áreas, pois propicia a educadores e pesquisadores estimular o engajamento dos alunos na produção de conhecimento escolar, formando professores mais reflexivos e estudantes mais questionadores, dispostos a investigar a realidade e a se envolverem mais diretamente no universo científico.

A diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini, afirma que a criação do espaço é reivindicação antiga da comunidade acadêmica. Para ela, é preciso considerar ações inovadoras de ensino e aprendizagem, como inserção de tecnologias, integração social, projeto de intervenção, mobilidade e internacionalização, e isso somente seria contemplado com a inserção dessa aba.

"É mais um passo para deixar o Currículo Lattes mais abrangente, pois, tanto na pesquisa quanto no ensino ou na extensão, busca-se uma prática contextualizada pela teoria e relacionada com a formação e atuação científico-acadêmica, com desdobramento na cidadania", analisa a diretora.

Avanço
“A inclusão de espaço destinado ao registro de projetos de
ensino no Currículo Lattes constitui avanço importante para visibilizar as
iniciativas de docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos que desenvolvem abordagens pedagógicas inovadoras no cotidiano do ensino universitário e não encontravam a mesma visibilidade reservada aos projetos de pesquisa e extensão”, opina a professora Maria José Flores, diretora de Inovação e Metodologias de Ensino (GIZ) da Pró-reitoria de Graduação (Prograd).

Segundo Maria José, a decisão do CNPq pode contribuir com os esforços de superação de certa visão de que o ensino universitário representa mero
cumprimento de horas/aulas sem nenhuma capacidade criativa. “O ensino na
universidade nos interpela a construir espaços de interações
de sujeitos e conhecimentos mais condizentes com a sociedade
contemporânea", avalia a professora.

Assessoria de Comunicação da Prograd / Com informações do CNPq