Saúde

Alergias alimentares provocam efeitos psicossociais

Assunto foi abordado em matéria da TV UFMG

Alergia alimentar é a manifestação de uma resposta imune anormal aos antígenos presentes em diversos alimentos introduzidos no organismo. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, 6% de crianças com menos de três anos são alérgicas a algum tipo de alimento. Nos adultos, a prevalência é de 3,5%. Os alérgenos afetam não só a alimentação como também as relações psicossociais dos indivíduos.

Segundo a pesquisadora Luísa Lemos, doutoranda em Bioquímica e Imunologia do ICB, que desenvolve estudo sobre o tema, alergias alimentares podem predispor o organismo a desenvolver outras atopias, como asma, rinite alérgica e dermatite atópica. Além disso, a restrição alimentar interfere diretamente não só na dieta como também nas vivências psicossociais dos indivíduos.

Na infância
No caso das crianças, as alergias alimentares são ainda mais sensíveis, pois o sistema imune não está totalmente desenvolvido. Para Luísa, a higiene excessiva e a pouca exposição das crianças acabam interferindo na diminuição da produção de anticorpos. 

Ainda na infância, o engenheiro de produção Matheus Nunes desenvolveu alergia ao leite. Ele conta que, além das questões biológicas, a alergia afetou diretamente a sua vida social. Em festas de aniversário, por exemplo, não podia comer quase nada.

Para a nutricionista Raquel Fabrício, é muito importante o acompanhamento dos pais nesse momento da vida da criança, para que a doença não provoque isolamento social. Raquel é mãe de João Ricardo, de 1 ano e 2 meses. O garoto é alérgico a diversos alimentos, como leite, ovo, abacate e cenoura.

Assista à matéria da TV UFMG sobre o tema:


Ficha Técnica:
Produção: Vitória Brunini
Reportagem: Renato Temponi e Vitória Brunini
Imagens: Antônio Soares, Samuel do Vale e Ravik Gomes
Edição de conteúdo: Pablo Nogueira
Edição de imagens: Otávio Zonatto