Pesquisa e Inovação

Astrofísicos do ICEx identificam aglomerados estelares na Via Láctea

UFMG 1, UFMG 2 e UFMG 3 têm idades entre 100 milhões e 1,4 bilhão de anos

Detalhe da Via Láctea com as posições dos aglomerados UFMG 1 (vermelho), UFMG 2 (azul) e UFMG 3 (verde), descobertos pela equipe do ICEx quando estudava
o NGC 5999 (rosa). As regiões escuras representam nuvens interestelares de gás e poeira. A luz das estrelas que compõem a galáxia gera o brilho esbranquiçado que permeia a área central da imagem
Visão panorâmica da Via Láctea com as posições dos aglomerados UFMG 1 (vermelho), UFMG 2 (azul) e UFMG 3 (amarelo), descobertos pela equipe do ICEx quando estudava o NGC 5999 (rosa). As regiões escuras representam nuvens interestelares de gás e poeira. A luz das estrelas que compõem a galáxia gera o brilho esbranquiçado que permeia a área central da imagem Interferência sobre imagem extraída do telescópio espacial Gaia

Um grupo de pesquisadores do Departamento de Física da UFMG conseguiu discriminar três aglomerados de estrelas em movimento na Via Láctea. Cada um desses sistemas, com diâmetro entre 13 e 19 anos-luz, reúne mais de 200 astros ligados gravitacionalmente. Registrados com os nomes de UFMG 1, UFMG 2 e UFMG 3, os objetos têm idade estimada entre 100 milhões e 1,4 bilhão de anos.

A pesquisa foi baseada na análise de dados e imagens do céu obtidas pelo satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia. Essas imagens foram tratadas e disponibilizadas na internet. A descoberta é fruto da investigação do doutorando Filipe Andrade, orientado por Wagner Corradi Barbosa e pelo professor João Francisco dos Santos, do Departamento de Física. Também participaram da caracterização dos aglomerados os pesquisadores Francisco Maia e Mateus Ângelo, ex-integrantes do Laboratório. 

O trabalho, publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, é apresentado na reportagem de capa da edição 2.047 do Boletim UFMG.