Extensão

Especialistas debatem diagnóstico e cuidados de pessoas com autismo

Evento será neste sábado, no Espaço do Conhecimento

Execução de tarefas repetitivas é uma das características do autismo
Execução de tarefas repetitivas é uma das características do autismo Nancy J Price / CC BY-SA 3.0 / Wikimedia Commons

A próxima edição do Café Controverso: edição viver bem debaterá os desafios relacionados ao diagnóstico e o cuidado das pessoas com autismo. O encontro será neste sábado, 25, das 10h às 12h, no Espaço do Conhecimento da UFMG, localizado na Praça da Liberdade, 700.

As discussões serão conduzidas pelos médicos Marcos José Burle de Aguiar, especialista em genética médica e professor titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, e Rodrigo Carneiro, neurologista infantil e presidente da regional mineira da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, o transtorno do espectro autista (TEA) caracteriza-se por reunir condições em que há algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, no domínio lógico simbólico e pela repetição de algumas atividades próprias do portador desse transtorno.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, são 70 milhões de pessoas com o transtorno, que pode apresentar graus diferentes de intensidade. No Brasil, um dos poucos estudos de prevalência revela taxa de 27,2 para cada 10 mil crianças. O número elevado de indivíduos com o transtorno alerta para a necessidade da adoção de estratégias para o diagnóstico precoce e para o atendimento às necessidades dessa população. “Ainda não sabemos as causas do aumento do número de casos, mas existem algumas doenças genéticas que têm entre os sintomas o transtorno do espectro autista”, sinaliza Aguiar.

Intervenções efetivas
Rodrigo Carneiro Campos alerta para a importância do diagnóstico precoce e de tratamento realizado por profissionais de diferentes áreas. “Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de uma intervenção mais direcionada com adoção de medidas efetivas. No caso do TEA, o diagnóstico leva um tempo e deve ser feito por equipe multidisciplinar que reúne pediatras, neurologistas, psiquiatras, educadores e terapeutas”, afirma Campos.

O emprego de atividades lúdicas como meio de promoção à sociabilidade da pessoa com autismo é uma das estratégias que vem sendo postas em prática. Saiba mais em vídeo produzido pela TV UFMG:

Com Assessoria de Comunicação do Espaço do Conhecimento