Institucional

Campanha 'UFMG contra a covid-19, a fome e o frio' chega à última semana

Iniciativa já arrecadou mais de 1 mil quilos de roupas e alimentos não perecíveis para pessoas em situação de insegurança alimentar na pandemia

Campanha mobiliza população que recorre ao 'drive thru' do campus Pampulha para se vacinar
Campanha mobiliza população que recorre ao 'drive thru' do campus Pampulha para se vacinar Reprodução | TV UFMG

Termina no próximo sábado, 10, a campanha UFMG contra a covid-19, a fome e o frio, que teve início em 3 de maio. Em dois meses de arrecadação, o quiosque de coleta de alimentos perecíveis, leites, fraldas, cobertores e roupas em bom estado, localizado no posto de vacinação em sistema drive-thru do campus Pampulha, recolheu mais de 800 quilos de roupas, 344 litros de leite e 101 itens de higiene pessoal.

As doações são destinadas aos projetos Periferia Viva e Comunidade Viva sem Fome, que beneficiam mais de 150 iniciativas sociais de Belo Horizonte e da Região Metropolitana. Os projetos são coordenados pelo grupo de pesquisa em Comunicação, Mobilização Social e Opinião Pública (Mobiliza UFMG), que realiza trabalho de fortalecimento da comunicação e da mobilização de grupos e coletivos de promoção de direitos sociais.

Segundo a professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG e diretora do Centro de Comunicação (Cedecom), Fábia Pereira Lima, a campanha foi uma oportunidade para a UFMG cumprir seu compromisso de responsabilidade social. “A Universidade sempre tenta criar condições de melhoria para a vida das pessoas. E aqui falamos de um compromisso de ordem prática e elementar, que é a convocação para que as pessoas colaborem nas situações de emergência mais cotidianas. Foi uma iniciativa com o claro objetivo de salvar vidas”, diz.

Visibilidade
Além de ajudar as pessoas que tiveram sua vulnerabilidade agravada pela pandemia de covid-19, a campanha também colaborou para que os coletivos e grupos que realizam trabalhos em prol dessa população ganhassem visibilidade. O trabalho do Cedecom contribuiu para ampliar a adesão à campanha, por meio das mídias institucionais: redes sociais, TV UFMG, Rádio UFMG Educativa e portal web. “A intenção era não só que a campanha atingisse a comunidade interna, mas que a mensagem de solidariedade alcançasse toda a população de Belo Horizonte”, explica Fábia.

A ideia da iniciativa surgiu depois que o posto de vacinação do campus Pampulha, instalado pela Prefeitura de BH, com apoio do Departamento de Assistência à Saúde do Trabalhador (Dast), começou a funcionar em 6 de março. Para Fábia Lima, a adesão e a arrecadação foram positivas. “Quando a Prefeitura iniciou os trabalhos no posto de vacinação no campus, vimos a possibilidade de criar um ponto de doação, onde a população pudesse se vacinar e, ao mesmo tempo, colaborar para mitigar os efeitos perversos da pandemia, como a insegurança alimentar e o frio. As pessoas realmente abraçaram a causa.”

Quem ainda quiser colaborar com a campanha UFMG contra a covid-19, a fome e o frio deve se dirigir ao ponto de coleta, que fica na Unidade Administrativa II, (com entrada pela Avenida Abrahão Caram, 763, bairro São José) e funciona das 8 às 16h. A campanha será encerrada no sábado, 10.

Conheça os projetos que receberam as doações
A iniciativa Periferia Viva foi lançada logo no início da pandemia, em março de 2020, e é resultado da articulação entre o Mobiliza UFMG e a Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC), com apoio da Laço (Associação de Apoio Social). A rede atua na Região Metropolitana de Belo Horizonte e desenvolve ações comunitárias, populares e de promoção de direitos no enfrentamento das vulnerabilidades sociais surgidas ou agravadas com a emergência sanitária.

A Comunidade Viva sem Fome, por sua vez, é uma rede coordenada por representantes da UFMG, da AIC e da Cáritas Brasileira Regional Minas. Desenvolve ações de segurança alimentar para as populações periféricas da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do interior do estado. Atua em mais de 50 territórios, em parceria com 65 iniciativas populares e comunitárias locais, que fazem o levantamento e o acompanhamento das famílias nas situações mais graves. Por mês, o projeto atende cerca de 1,2 mil famílias, que, desde abril do ano passado, recebem kits de alimentação e higiene.

Itens arrecadados (maio e junho)

Roupas: 844,7 quilos
Calçados: 291 pares
Artigos de cama, mesa e banho: 180,4 quilos
Leite: 344 litros
Alimentos não perecíveis: 1666,9 quilos
Itens de higiene pessoal: 101 
Material de limpeza: 18
Utensílios: 69
Brinquedos e livros: 158

Luana Macieira