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Candidatos devem respeitar direitos humanos na redação do Enem, recomenda MEC

Mais de 6,7 milhões de inscritos começam maratona de provas neste domingo

Mendonça Filho e Maria Inês Fini: MEC recorrerá da decisão judicial sobre a redação do Enem
Mendonça Filho e Maria Inês Fini: MEC recorrerá da decisão judicial sobre a redação do Enem Marcello Casal Jr | ABr

O Ministro da Educação, Mendonça Filho, e a presidente do Inep, Maria Inês Fini, detalharam hoje como será a operação logística para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio 2017 - que, pela primeira vez, será aplicado em dois domingos consecutivos, em 5 e 12 de novembro. Mais de 6,7 milhões de pessoas se inscreveram para o Enem - mas só pouco mais de 70% acessaram o cartão de confirmação da inscrição pela internet.

A polêmica envolvendo a prova de redação foi abordada na coletiva. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a suspensão da regra do Enem que dá nota zero para redações que desrespeitem os direitos humanos. A Justiça acolheu a ação da Associação Escola Sem Partido. O Ministro da Educação, Mendonça Filho, explicou na coletiva de hoje que o governo federal vai recorrer da decisão. "Como recomendação geral, deve-se respeitar aquilo que está posto no edital", orientou o ministro.

Nesta edição, o custo do Enem por candidato é de R$ 87,54 - um pouco menos do que em 2016. Mesmo assim, foi assegurado que não houve redução no investimento em segurança. Pela primeira vez, as provas vão ser personalizadas, com identificação do nome e número de inscrição do participante. Como em 2016, haverá a identificação biométrica dos candidatos, detector de metal nas portas dos banheiros e escoltas para entrega e recolhimento das provas.

Uma novidade será o uso de detectores de ponto eletrônico em locais de aplicação de provas. "Esse detector será usado em locais definidos pelo serviço de inteligência da Polícia Federal", explicou Maria Inês Fini.

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Reportagem veiculada no Jornal UFMG desta quarta-feira, 1º de novembro de 2017.

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