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Como o gênero influencia as decisões sobre mobilidade?

Pesquisa de mestrado da UFMG identificou as diferenças nas escolha de mobilidade urbana entre mulheres e homens em BH

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A pesquisadora Gabriela CicciBruna Brandão I Arquivo pessoal

Você já parou para pensar se o fato de você ser homem ou mulher influencia nas escolhas dos meios de transporte que você usa e quais percursos você faz na cidade? Uma dissertação de mestrado defendida na UFMG identificou e sistematizou como as escolhas de mobilidade urbana podem ser diferentes no caso de mulheres e homens de Belo Horizonte. A autora do trabalho é Gabriela Cicci, que concluiu o mestrado em 2019 no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFMG. 

A pesquisadora analisou estatisticamente os dados da Pesquisa Origem Destino de 2012, elaborada pela Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte e pela BHTrans, e entrevistou 20 moradores de diferentes regiões da capital mineira. Os detalhes do estudo são apresentados no episódio 34 do programa Aqui tem ciência.


RAIO-X DA PESQUISA

Título do trabalho: "Cidades possíveis: espaço e gênero em escolhas de mobilidade urbana"

O que é: Pesquisa de mestrado que identificou e sistematizou os critérios de escolha utilizados por habitantes de Belo Horizonte ao determinar seus percursos de mobilidade urbana. A partir destes dados, fez uma análise quanto às diferenças entre homens, mulheres e mulheres em contextos diversos. Utilizou métodos quantitativos de análise estatística da Pesquisa Origem Destino de 2012, elaborada pela Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, contando com participação técnica da BHTrans, e também métodos qualitativos de entrevista e mapeamento afetivo do espaço. Ao final, concluiu que há desigualdades profundas de gênero nas possibilidades e nas experiências de mover-se na cidade, sendo estas constantemente atravessadas por particularidades de classe, raça, local de moradia e arranjo familiar.

Pesquisadora: Gabriela Cicci Faria

Orientadora: Profa. Dra. Ana Marcela Ardila Pinto

Programa de Pós-graduação: Sociologia

Ano de defesa: 2019

Financiamento: CAPES

Esse episódio do Aqui tem ciência é o último da série especial veiculada no mês de março com pesquisas sobre mulheres e feitas por mulheres. O primeiro episódio da série abordou a influência da questão de gênero no tratamento que as mulheres recebem no Sistema de Justiça Criminal.  O segundo episódio falou sobre uma pesquisa que analisou discursos de mulheres que são dirigentes de universidades mineiras. Já o tema do terceiro episódio foi a vida de mães com filhos com a Síndrome Congênita do Zika Vírus e, do quarto, a representação da mulher nas capas da revista Tpm.

O episódio 34 do programa Aqui tem ciência tem produção e apresentação e edição de Alicianne Gonçalves, e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento. Nas próximas semanas, o Aqui tem ciência faz uma pausa enquanto a equipe da Rádio UFMG se dedica à cobertura especial sobre o novo coronavírus. Enquanto isso, se você quiser, pode ouvir todos os episódios já veiculados no seu aplicativo de podcast favorito.