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Decisão do STF sobre direitos humanos na redação do Enem divide candidatos

Candidatos conferem local de prova no Centro de Atividades Didáticas (CAD) 1, no campus Pampulha
Candidatos conferem local de prova no Centro de Atividades Didáticas (CAD) 1, no campus Pampulha Olivia Resende/UFMG

Candidatos que fazem provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no campus Pampulha da UFMG neste domingo, 5, emitiram opiniões diversas sobre a decisão da ministra do Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, de manter a proibição ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de zerar as redações que desrespeitarem os direitos humanos.  A ministra confirmou a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em resposta a uma ação impetrada pela Associação Escola sem Partido.

Por meio de nota, o Inep informou que não ingressará com recurso, para dar segurança jurídica aos candidatos que fazem a prova neste fim de semana. Mas o Instituto reforçou que os participantes devem ficar atentos ao manual de redação e aos critérios de correção da prova. Uma das cinco competências avaliadas, com valor mínimo de 200 pontos, é justamente o respeito aos direitos humanos.

Em entrevista ao repórter Samuel Souza, Isadora Soares, que faz o Enem para ingressar no curso de Jornalismo ou de Publicidade, disse discordar da decisão do STF. “Precisamos limitar o que pensamos e o que dizemos porque isso pode acabar gerando transtorno: intolerância, preconceito, machismo, xenofobia. Se ficar livre para cada um falar o que pensa, sem punição, sem limite, isso pode causar transtornos muito maiores para a sociedade”,  argumentou.

Já para Carlos Alberto, candidato ao curso de Biologia, a questão dos direitos humanos sempre foi “subentendida”. “Independentemente do tema da redação, se for um tema polêmico ,que você não concorde, você tem que saber argumentar”, defendeu.

Ouça a reportagem de Samuel Souza:

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