Pesquisa e Inovação

Em novo livro, Heloisa Starling conta histórias do campus Pampulha

Historiadora mescla bastidores da construção, casos pitorescos e episódios de resistência

Heloisa e o painel de Yara Tupinambá:
Heloisa e o painel de Yara Tupynambá: prosa leveBianca de Sá / Papelícula

“O que a senhora está fazendo aqui em cima, professora?” – perguntou gentilmente um segurança do campus ­Pampulha, ao deparar com a historiadora Heloisa Starling na cobertura do prédio da Fafich, onde trabalha. Ela fora conferir a informação de que os urubus preferem as coberturas da Fafich, da Faculdade de Letras e da Biblioteca Central. “É que os urubus não fazem ninhos, e, no alto desses edifícios, eles encontram as frestas perfeitas para guardar seus ovos”, explica.

Heloisa Starling conta essa história, entre tantas outras, ao falar de sua pesquisa para o livro Campus UFMG, mais novo integrante da coleção BH. A cidade de cada um, da Conceito Editorial. Com prosa leve e bem-humorada, em que se dirige diretamente ao leitor, a autora mistura casos pitorescos, lendas, o processo da construção do campus ao longo de seis décadas e episódios ocorridos em momentos graves que, conforme destaca, moldaram o caráter da Universidade.

Fruto de “pesquisa de historiadora, guiada pelo afeto”, como diz Heloisa, o livro valoriza, por exemplo, o longo esforço de arborização do campus Pampulha e a disputa sobre a preservação do terreno que hoje abriga a Estação Ecológica, que chegou a ser destinado à construção das faculdades de Odontologia e Farmácia. “A polêmica em 1992 consolidou o momento a partir do qual a comunidade universitária passou a manifestar publicamente seus pontos de vista e a discutir, por vezes apaixonadamente, as relações que desejava estabelecer com o mundo natural, no lugar que escolheu para viver sua rotina diária”, escreve Heloisa Starling.

Leia a matéria na íntegra na edição 2.056 do Boletim UFMG.