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Enem 2020 deve acentuar desigualdades socioeconômicas

Na quarta reportagem da série especial sobre o Exame, especialistas analisam as consequências da pandemia para jovens de famílias mais vulneráveis

Nem todos os candidatos ao Enem 2020 tiveram acesso à internet para ensino remoto
Nem todos os candidatos ao Enem 2020 tiveram acesso à internet para ensino remoto Sergey Zolkin I Unsplash

Quase 5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros vivem em casas sem acesso a internet. Número que corresponde a 18 por cento da população do país entre 9 e 17 anos. Os dados são da pesquisa Tic Kids On-line 2019, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, e dão a dimensão do desafio que é implantar um ensino remoto que seja de fato para todos no Brasil. 

São números que evidenciam que, sem as aulas presenciais, o Enem virou uma corrida ainda mais desigual. A reportagem de ontem trouxe o relato de diferentes perfis de estudantes sobre os desafios para a preparação das provas. Hoje, vamos nos aprofundar ainda mais neste debate, trazendo a análise de especialistas da área de educação. Eles falam sobre como a falta de acesso a recursos deve criar uma nova camada de exclusão na educação, afetando principalmente jovens de famílias pobres, mulheres e negros.

Ouça a reportagem 4 da série especial sobre Enem 2020

A série especial sobre o Enem 2020 volta na segunda-feira com reportagem sobre o trabalho dos professores, os desafios e as dificuldades de preparar alunos em meio à uma mudança abrupta do ensino presencial para o ensino remoto. Ouça também as matérias veiculadas esta semana sobre a data da prova e sobre as medidas sanitárias implantadas nesta edição do Exame.