Pesquisa e Inovação

Estudo vai subsidiar reflorestamento da Bacia do Rio Doce

Dados levantados pela UFMG e UFV também estimularão novas vocações econômicas

Vista do Rio do Carmo, em Barra Longa, seguindo ao encontro do Rio Piranga, onde passa a ser chamado de Rio Doce
Vista do Rio do Carmo, em Barra Longa, seguindo ao encontro do Rio Piranga, onde passa a ser chamado de Rio Doce Bruno Correa / Nitro / Fundação Renova

Estudo desenvolvido pela UFMG e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) vai subsidiar o maior programa de reflorestamento já realizado em uma bacia hidrográfica. Nos próximos dez anos, estima-se que 40 mil hectares da Bacia do Rio Doce estarão reflorestados. Mais que buscar resposta a uma questão pontual, as universidades somaram suas expertises e produziram vasto conjunto de informações que poderão auxiliar o planejamento do uso do solo de toda a bacia, o que proporcionará ganhos sociais e econômicos, conforme a vocação da região. 

O reflorestamento da área, que corresponde ao entorno dos rios tributários do rio Doce, não atingidos diretamente pela lama, é uma das ações para mitigar o estrago causado pelos 39,2 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério, que devastaram a bacia em um trajeto de 670 quilômetros – desde o Rio Gualaxo do Norte, no município de Mariana, até o oceano, em Regência, Espírito Santo. 

O programa será implantado pela Fundação Renova, criada por meio do Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta firmado entre a Samarco, subsidiária da Vale e BHP Bilinton, e vários órgãos dos governos federal e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015. 

O trabalho das duas universidades é abordado na matéria de capa da edição 2.063 do Boletim UFMG, que circula nesta semana.