Arte e Cultura

Festival começa hoje com intervenção artística e show de 'drag band'

Espaço do Conhecimento vai exibir vídeos sobre intervenções artísticas no espaço urbano

The pulso in chamas
The Pulso in Chamas: representatividade queer Foto: Diego Ribeiro

Na noite de hoje, 5, o Conservatório UFMG vai abrigar a solenidade de abertura do 12º Festival de Verão da UFMG, que neste ano tem como tema Universos expandidos, desdobramento da temática do ano passado, Universos (in)visíveis. A Universidade espera chamar a atenção para a forma como o conhecimento expande a existência e a própria percepção que se tem dela, além de retomar as possibilidades de expansão do saber para além das fronteiras da academia.

O evento começa às 19h30 e será conduzido pela atriz e performer Bella La Pierre, que apresentará as primeiras atrações do Festival. Em seguida, os participantes poderão assistir ao show The pulso in chamas, com músicas e discursos que põem em cena o empoderamento negro e LGBTQIA (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexuais, Assexuais) e a representação da mulher na sociedade. A programação artística do Festival de Verão é gratuita. O Conservatório fica na Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro.

Relação com a cidade
Quem estiver na região centro-sul de Belo Horizonte no início da noite de hoje poderá conferir a mostra de vídeos A cidade como obra, na fachada digital do Espaço do Conhecimento, que fica na Praça da Liberdade, 700, na Savassi. A mostra – cujas obras registram intervenções urbanas de artistas e coletivos em diversas cidades do Brasil – fica em cartaz durante todo o Festival, com projeções das 19h às 23h.

Integram a mostra vídeos de três grupos de São Paulo – Trinca SP, VJ Suave e Coletivo Tralha – e dos grupos Poro, de Minas Gerais, Acidum Project, do Ceará, e GIA, da Bahia. “A intenção foi reunir um panorama das diferentes formas de se interferir no espaço público. Apesar de as cidades contemporâneas serem muito parecidas, cada espaço tem a sua especificidade. A mostra possibilita ver a diferença entre as formas de cada artista, de cada lugar, responder artisticamente às especificidades de sua cidade”, explica Brígida Campbell, professora da Escola de Belas Artes que faz a curadoria de A cidade como obra.

A mostra – que exibe vídeos como CicloCOR, do Acidum Project (acima) – é um recorte da pesquisa de doutorado de Brígida, que atualmente está em fase final de desenvolvimento. Nela, a artista mapeou as principais intervenções artísticas urbanas realizadas no Brasil. “Desde a graduação, venho investigando as relações entre arte e espaço público, ou melhor, a dimensão pública que os trabalhos assumem ao serem mantidos no espaço público da cidade. O recorte reunido na mostra põe em discussão a relação que mantemos com as cidades”, pontua a professora.

Também nesta segunda-feira será realizada a visita das crianças inscritas na residência criativa Cartografias afetivas para crianças – 90 anos UFMG à ocupação Carolina Maria de Jesus, na região centro-sul de Belo Horizonte. “Vamos promover uma interação das crianças da oficina com as da ocupação. Em seguida, faremos o convite para que meninos e meninas da ocupação participem das demais atividades”, explica o professor Adriano Mattos, da Escola de Arquitetura, responsável pela oficina. Os participantes serão levados a percorrer a região com o objetivo de investigar e inventar modos de cartografar os edifícios mantidos pela UFMG.

Atualizações sobre o Festival de Verão da UFMG podem ser obtidas no site do evento, no Facebook, no Twitter e no Instagram.