Arte e Cultura

Festival de Verão mantém ligação com o carnaval de Belo Horizonte

Evento funciona como 'aperitivo' para a festa, que é tema de três atividades de sua programação

Roda de conversa 'Corpos, cidade e carnaval: narrativas visuais e políticas' sedia debate sobre caráter de luta, irreverência e afeto dos corpos carnavalescos belo-horizontinos
Roda de conversa 'Corpos, cidade e carnaval: narrativas visuais e políticas' sedia debate sobre caráter de luta, irreverência e afeto dos corpos carnavalescos belo-horizontinos Foto: Divulgação

O Festival de Verão UFMG tem uma ligação histórica com o carnaval de Belo Horizonte. Até 2014, em sua oitava edição, o evento era realizado durante o feriado, cumprindo a função de criar uma programação para a população que ficava na cidade. Com o crescimento avassalador vivido pelo carnaval belo-horizontino nos últimos anos, o evento foi recuando nos anos seguintes para o período anterior ao feriado, passando a atuar como uma espécie de pré-carnaval.

Nos últimos anos, contudo, até o pré-carnaval belo-horizontino cresceu. Assim, desde o ano passado, a UFMG trouxe o seu Festival para cerca de três semanas antes da festa momesca, para que a população pudesse aproveitar integralmente ambas as festas. Contudo, essa mudança não tirou do evento o seu viés momesco. Neste ano, por exemplo, o Festival contará com três atividades que ainda têm o Carnaval como tema.

Na quarta-feira, dia 5, às 13h30, o Centro de Referência da Juventude (CRJ) sediará a roda de conversa Corpos, cidade e carnaval: narrativas visuais e políticas, em que serão debatidos os desfiles dos últimos anos dos blocos Corte Devassa e Magnólia, de Belo Horizonte, e das escolas de samba do Rio de Janeiro. A ideia é discutir o aspecto político das relações que os corpos carnavalescos estabelecem com o evento, em seu caráter de luta, resistência e irreverência, mas também de afeto, prazer e alegria. O encontro contará com interpretação em Libras.

A roda de conversa é uma proposição da atriz, diretora e figurinista Lira Ribas, que fundou e produz os blocos Corte Devassa e Magnólia, e do ator, pesquisador e figurinista Anderson Ferreira, que é mestrando na Escola de Belas Artes da UFMG e pesquisa temas relacionados aos desfiles de blocos e escolas.

A edição deste ano também conta com duas oficinas que tratam do carnaval. Em Adereços e makes para cair no fervo, a maquiadora e aderecista Nathália Vieira vai ensinar novas formas de aplicar glitter no rosto e no corpo e a confeccionar adereços (arcos, presilhas e brincos) a partir da ressignificação de acessórios já existentes, promovendo a reutilização de materiais usados em anos anteriores.

As vagas para essa oficina e para a sua lista de espera já estão esgotadas, mas ainda há vagas para a lista de espera da outra oficina que trata da festa momesca. Nela, o participante terá noções de como fazer tambor de lata, ganzá e surdo de galão e a tocar esses instrumentos nos ritmos praticados pelos blocos de rua do carnaval de Belo Horizonte, como samba, reggae, ijexá e baião.

As inscrições para a fila de espera da oficina Faça seu carnaval: construção de instrumentos de percussão podem ser feitas pela plataforma Sympla até domingo, 2 de fevereiro, ou até se esgotarem as vagas da lista de espera. A atividade será ministrada nos dias 3 e 4 de fevereiro, das 14h às 18h, no CRJ, que fica na Rua Guaicurus, 50, Centro.

O 14º Festival de Verão UFMG é organizado pela Diretoria de Ação Cultural e vai ocorrer de 3 a 6 de fevereiro, com programação gratuita, que inclui aulas abertas, apresentações teatrais, espetáculos de dança, exposições e performances, entre outras atividades. Informações sobre a agenda do evento podem ser obtidas no seu site ou nas redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram.

As atividades do Festival de Verão serão distribuídas entre o Centro de Referência da Juventude e o Centro Cultural UFMG, que fica na Avenida Santos Dumont, 174, Centro.