Arte e Cultura

'Indicionário do contemporâneo' discute questões da literatura e das artes

Obra da Editora UFMG foi escrita colaborativamente por 14 pesquisadores brasileiros e do exterior

Exemplares da obra na Livraria UFMG, na Praça de Serviços
Exemplares da obra na Livraria UFMG, na Praça de Serviços Raphaella Dias / UFMG

Conforme preconizam os dicionários de semiótica, um índice é um signo que se caracteriza por uma relação de “contiguidade natural”: fala-se de índices quando o que desperta a atenção dá a conhecer outra coisa com a qual mantém uma relação indicativa – o latido de um cão, por exemplo, indica a presença ou a existência do animal. 

Recentemente, a Editora UFMG lançou um livro que reúne um conjunto de ensaios – ou, nas palavras dos organizadores, um conjunto de “verbetes indiciais” – sobre o contemporâneo: organizada como um glossário robusto, a obra traz “conceitos que incidem de modo decisivo sobre o pensamento das artes e literatura atuais” e formam o imaginário público contemporâneo relativo aos seus campos.

Indicionário do contemporâneo é resultado da empreitada de 14 pesquisadores brasileiros e estrangeiros que se propuseram a escrever e editar um livro inteiro em colaboração: todos os seis verbetes reunidos na obra – “arquivo”, “comunidade”, “endereçamento”, “o contemporâneo”, “pós-autonomia”  e “práticas inespecíficas” – foram produzidos coletivamente, em um processo que durou quatro anos. “Este Indicionário supõe, antes que nada, insubordinação, insatisfação, inquietação, independência... Mas supõe, sobretudo, um infinito e infinitivo desejo de ler, falar, ver, fazer e viver junto, de parte de um in-certo grupo: um desejo de convívio e de comunidade enquanto amizade, conversa e conflito em distintas paisagens americanas”, escrevem os organizadores.

A obra foi abordada em matéria publicada na edição 2.072 do Boletim UFMG.