Saúde

Mastologista e ex-paciente falam sobre prevenção do câncer de mama

Encontro será realizado na manhã deste sábado, no Espaço do Conhecimento

O laço cor-de-rosa é o símbolo internacional na prevenção do câncer de mama
O laço cor-de-rosa é o símbolo internacional da campanha de prevenção do câncer de mama Pixabay /CC0 Creative Commons

Em uma manhã de domingo, há quase 30 anos, Maria Luíza Oliveira tocou, por acaso, a parte inferior do seio esquerdo. Ao encontrar um nódulo, decidiu procurar um ginecologista, que a encaminhou ao mastologista. O diagnóstico veio em seguida: câncer de mama. “A sensação é a de que você vai morrer, o câncer é uma doença que mata, ainda mais naquela época”, relata a administradora. 

Mesmo com o fim do tratamento, a doença continuou fazendo parte de sua vida, mas de forma diferente. Ela descobriu que compartilhar sua experiência com mulheres que passam por situação semelhante à sua poderia ser uma atitude transformadora.

O câncer de mama é o tema de mais uma edição do Café Controverso: Saúde em Pauta, que será realizada neste sábado, dia 27, a partir das 10h, no Espaço do Conhecimento.  Além de Maria Luíza, que partilhará com o público um pouco de sua experiência ao lidar com a enfermidade, o evento receberá o mastologista Waldeir José de Almeida Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional MG, que tratará de questões como a prevenção e o tratamento do câncer.

Grupo de apoio
Em 2015, nasceu o projeto Pérolas de Minas – Grupo de Apoio às Mulheres com Câncer de Mama, que busca amparar pacientes por meio de visitas, acompanhamento em consultas e tratamentos, palestras e reuniões. De acordo com Maria Luíza, que também é especialista em Administração Hospitalar, o objetivo é mostrar que o diagnóstico não é o fim, mas um recomeço. A organização apoia centenas de mulheres em Minas Gerais.

O câncer de mama é o tipo da doença mais frequente entre as brasileiras. Todos os anos, o movimento Outubro Rosa chama a atenção para a importância da realização regular do autoexame e da mamografia em prol de uma detecção precoce da patologia. O momento é também de pensar no tratamento e no bem-estar das mulheres. Para Maria Luíza, um sistema de apoio é fundamental nessa situação: “Queremos que elas saibam que existe vida até durante o tratamento”, conclui.

O evento, gratuito, conta com o apoio da Unimed-BH, e o público poderá  participar com perguntas aos palestrantes. 

Alice Sá / Assessoria de Comunicação do Espaço do Conhecimento UFMG