Pessoas

Medicina faz tributo a Antônio Leite Radicchi

Professor era especialista em saúde coletiva e foi um dos idealizadores de programa de prevenção da violência

O professor Antônio Leite Radicchi lecionou por mais de 35 anos na UFMG
O professor Antônio Leite Radicchi lecionou por mais de 35 anos na UFMG Portal Nescon UFMG

Nesta terça, 13, completa-se um ano da morte do professor Antônio Leite Alves Radicchi, da Faculdade de Medicina da UFMG. Em sua homenagem, será realizado, a partir das 18h, no Salão Nobre da Unidade, o Tributo ao professor Antônio Leite.

Radicchi integrava o quadro de docente da Universidade desde 1980. Desenvolveu pesquisas sobre saúde coletiva e políticas de promoção. Por dois mandatos, foi chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social da UFMG. Era membro da Congregação da Faculdade, do Conselho Diretor do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon) e coordenador do Centro de Extensão e do Internato em Saúde Coletiva, conhecido como Internato Rural. 

O professor Antônio Thomaz da Matta Machado, chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social, afirma que Radicchi sempre lutou pelo SUS, pela garantia dos direitos individuais e por um país mais justo.

O evento reunirá familiares, amigos, colegas de trabalhos e ex-alunos, que prestarão homenagens ao docente morto após assalto a ônibus. Na cerimônia, será apresentada ao público a proposta de produção de documentário ou livro biográfico sobre o professor.

Como recorda o professor Marcus Polignano, Radicchi era atuante na defesa da saúde coletiva, ministrou a disciplina Internato em Saúde Coletiva e atuou na equipe de implantação do Projeto Manuelzão. “Procuramos desenvolver todas as nossas práticas cidadãs e de saúde em cidades que constituem a Bacia do Rio das Velhas. Fomos construindo uma história de luta social e ambiental pela saúde da população. A comunidade gostava muito do Antônio, um sujeito da paz, que defendia de forma muito clara seus ideais”.

Elza Machado, docente da Faculdade de Medicina e amiga de Radicchi, comenta que o professor participou da criação do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência da UFMG. “Ele lecionou no programa e esteve presente em todos os seus processos seletivos. Este ano é o primeiro sem sua participação", lamenta a professora.