Pesquisa e Inovação

Neurocientista explica como o Instagram ativa núcleo neural do prazer e da satisfação

Brasil é o segundo país com maior número de usuários na plataforma

Com mais de 500 milhões de downloads no mundo, o Instagram é um dos aplicativos mais baixados atualmente. A plataforma possibilita diversos usos nos campos do trabalho e do lazer, como conta a doutoranda em Comunicação Social pela UFMG Aline Monteiro. Ela destaca o alcance massivo dessa rede no Brasil. "Aqui, 84% dos usuários entram no Instagram ao menos uma vez por dia. Com 99 milhões de perfis únicos, somos o segundo país mais presente nessa plataforma, atrás apenas dos Estados Unidos", informa.  

A influenciadora digital Laís Manuela (@lmanuela) é um exemplo de como o aplicativo é plural. Ela ingressou na rede social por interesses comerciais, mas por lá também compartilha publicações pessoais e registros de momentos de lazer. Além disso, ela percebeu que o Instagram é uma ferramenta para conhecer pessoas, seja para amizade ou relacionamentos amorosos.  

Em entrevista à TV UFMG, o professor Bruno Souza, especialista em neurociência, explica por que o ser humano precisa dessas interações. O neurocientista diz que formas de carinho e contato são interpretadas pelo cérebro como recompensa, por isso são valorizadas e almejadas pelas pessoas que frequentam o universo das redes sociais. De acordo com ele, há um pequeno núcleo neural, o Accumbens, que é ativado por experiências prazerosas que estimulam o indivíduo a querer repeti-las. "Isso acontece, por exemplo, quando uma pessoa come uma comida gostosa e também com as mídias sociais, que trabalham para fazer a pessoa continuar frequentando as redes", analisa o professor.  

Entrevistados: Aline Monteiro, doutoranda Comunicação Social - UFMG; Bruno Souza, prof. NeuroDEv - UFMG; Laís Manuela, influenciadora digital. 

Equipe: Luiza Galvão (produção); Márcia Botelho (edição de imagens); Jessika Viveiros (edição de conteúdo)