Arte e Cultura

Oficina do Festival de Verão dá ênfase à poesia feita por “corpos marginalizados”

Integrante da Coletiva Afrolíricas, Eliza Castro conversou com o programa Universo Literário

Anarvore, Eliza Castro e Iza Reys compõem a Afrolíricas
Anarvore, Eliza Castro e Iza Reys compõem a Afrolíricas Matheus Andres / Divulgação / Festival de Verão UFMG

A produção literária é um campo artístico majoritariamente dominado por pessoas brancas e de classe média. Efeito disso, a escrita, ao longo dos anos, tem sido negada às pessoas que vivem nas periferias. E é justamente nesses espaços, as margens, que surge a poesia marginal, que dá voz a corpos excluídos, que encontram nas palavras, seja por meio da poesia ou da prosa, a possibilidade de se libertar e transgredir padrões impostos pela sociedade.

A fim de trabalhar a poesia que nasce nesses espaços, e que é voz contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia, o 14º Festival de Verão UFMG promove a oficina A margem da escrita, no Centro Cultural UFMG. A atividade teve início na noite dessa segunda-feira, 3, sob comando das professoras Anarvore, Iza Reys e Eliza Castro, que, juntas, compõem a Coletiva Afrolíricas.

As três jovens negras propõem a emancipação por meio das palavras e, no programa Universo Literário desta terça-feira, 4, uma delas, a Eliza Castro, falou sobre a proposta do trabalho que elas desenvolvem nesta edição do Festival de Verão.

Ouça a conversa com Jaiane Souza

Produção de Gabriela Sorice e Hugo Rafael