Arte e Cultura

Orquestra Sinfônica da Música e Coral da Medicina encenam última ópera de Mozart

'La Clemenza di Tito' é cercada de conspirações políticas

Equipe da Orquestra Sinfônica da Escola de Música em ensaio geral
Orquestra Sinfônica da Escola de Música em ensaio geral Iolanda Camilo

A ópera La Clemenza di Tito, escrita por Wolfang Amadeus Mozart para o rei Leopoldo II, da Bohemia, será apresentada pela Orquestra Sinfônica da Escola de Música e pelo Coral da Faculdade de Medicina. O concerto, que integra a série VivaMúsica, está programado para esta quarta-feira, 5, às 18h, no auditório da Reitoria. Outra apresentação ocorrerá no dia seguinte, no mesmo local, às 19h. Ambas são abertas ao público.

O espetáculo terá regência de Lincoln Andrade e direção de Mônica Pedrosa. La Clemenza di Tito foi a última ópera escrita por Mozart, que a compôs em parceria com o libretista Caterino Mazzolà, para a coroação do rei Leopoldo, apenas dois anos após o início da Revolução Francesa, cumprindo sua vocação política sob o disfarce de grande espetáculo.

Na ópera, o soberano que acabara de assumir o poder após depor o governante anterior encontra uma população miserável, abatida por guerras, com instabilidade política e desastres ambientais. Tito, por sua vez, dá mostras de sua bondade e aplica a anistia aos que se pronunciaram contra governos anteriores, abrindo mão da construção de um templo para ajudar as vítimas da erupção do Vesúvio.

Entre luzes e sombras
Entre interesses pessoais e comunitários, leis e o sentido íntimo de justiça, a trama se desenvolve com conspirações, paixões, tentativas de assassinato, remorsos e redenção. “A nosso ver, a música e os personagens da trama de Mozart transitam em um universo de luz e sombras. Diferentemente dos personagens tradicionais da ópera bufa, geralmente mais diretos e, por isso mesmo, mais compreensíveis, entendemos os personagens de La Clemenza di Tito como seres multifacetados, que vivenciam vasta gama de emoções e grandes dilemas", destaca a diretora Mônica Pedrosa.