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Pesquisa da UFMG analisa mais de 1300 manifestações ocorridas em praças de BH nos últimos anos

Segundo o estudo, ações nesses locais se apropriam do espaço público para questionar a forma como a cidade é produzida a partir dos interesses de uma ordem hegemônica

Manifestação pela redução da passagem de ônibus na Praça Sete em 2013
Manifestação pela redução da passagem de ônibus na Praça Sete em 2013 Flickr I Mídia Ninja I CC BY-SA 2.0

Entre 1º de abril de 2006 e 31 de dezembro de 2019, o Observatório dos Conflitos Urbanos de BH da UFMG mapeou 1321 manifestações coletivas coletivas que ocorreram, sobretudo, no espaço público da cidade. São ações coletivas e passeatas com o intuito de reivindicar uma cidade melhor, com mais condições de moradia, transporte e segurança. Uma pesquisa defendida no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo buscou analisar a fundo esses protestos, em especial aqueles ocorridos em três praças da capital mineira: Praça da Liberdade, Praça Sete e Praça da Estação.

O estudo, feito pela arquiteta e urbanista Karina Machado de Castro Simão, mostra a importância dos espaços públicos para a luta pelo direito à cidade e como as manifestações coletivas subvertem a lógica neoliberal das cidades, evidenciando os conflitos com o Estado e as reivindicações por direitos que foram negados à determinadas parcelas da população. Saiba mais detalhes no novo episódio do programa Aqui tem ciência.


Raio-x da pesquisa

Título original: "Espaço público como palco das manifestações coletivas e da vitalidade urbana: subversão à ordem, luta pelo direito à cidade e expressão dos conflitos urbanos de Belo Horizonte"
O que é: tese com o objetivo de investigar o espaço público de Belo Horizonte como o lugar de subversão à ordem hegemônica, de luta pelo direito à cidade e de manifestação dos conflitos urbanos.
Nome do pesquisador: Karina Machado de Castro Simão
Programa de Pós-graduação: Arquitetura e Urbanismo
Ano da defesa: 2020
Orientadora: Raquel Garcia Gonçalves

Financiamento: Capes
Leia a pesquisa completa no Repositório Institucional da UFMG.

A pesquisadora
Karina: mainfestações são respostas à falta de qualidade de vida e à precariedade dos espaços urbanosPaola Rogedo Campos

O episódio 37 do programa Aqui tem ciência é apresentado e produzido por Beatriz Kalil, com edição de Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues. 

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e
busca abranger todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe
da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados do trabalho de um
pesquisador da Universidade. 

Por causa das eleições municipais, os primeiros episódios
desta temporada apresentarão pesquisas que podem contribuir para
a reflexão sobre o espaço urbano. Na próxima semana (26/10), o programa
falará sobre infraestrutura no Vetor Norte de BH.

Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.