Pesquisa e Inovação

A invenção da mulher no rap: pesquisa aborda construção de gênero no hip hop

Dissertação na área da Comunicação integra série especial do 'Aqui tem ciência'

As apresentações e outras atividades das artistas do coletivo Fenda foram observados na pesquisa.
As apresentações e outras atividades das artistas do coletivo Fenda foram observadas na pesquisaReprodução Youtube

O hip hop, que nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, completa 50 anos em 2023. E o papel das mulheres nesse movimento artístico é tema do quarto episódio da série especial do Aqui tem ciência, da Rádio UFMG  Educativa, sobre pesquisas com recorte de gênero realizadas por mulheres. O episódio 144 aborda a pesquisa de mestrado da produtora cultural Natália Amaro, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da UFMG.

Natália observou, durante dois anos, o trabalho desenvolvido pelo grupo Fenda, coletivo de rap que atuou em Belo Horizonte entre 2019 e 2022. Trabalharam nesse projeto especial a DJ Kingdom e as MCs Iza Sabino, Laura Sette, Mayí e Paige.

Natália Amaro escreveu a dissertação em primeira pessoa, algo pouco comum no meio científico.
Natália Amaro escreveu a dissertação em primeira pessoa, algo pouco comum no meio científicoFoto: Alicianne Gonçalves | UFMG

Na dissertação de mestrado, orientada pelo professor Elton Antunes e financiada pela Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a pesquisadora trabalhou com autoras negras, como a cientista social nigeriana Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, que defende a superação dos papéis de gênero como são conhecidos hoje. Natália Amaro concluiu que as relações de gênero são uma das muitas relações que permeiam o rap e, por isso, não devem ter um papel central na forma como o movimento é interpretado.

Saiba mais no episódio 144 do Aqui tem ciência:


Raio-x da pesquisa

Título: A invenção da mulher no rap: uma caminhada crítica sobre a construção de gênero no hip hop a partir da experiência do grupo Fenda

O que é: dissertação na forma de uma conversa entre a pesquisadora e o hip hop, como se ele fosse uma entidade viva: como nasceu, como o conheceu e o que canta e compartilha com o mundo. A atenção é especial ao que diz e mostra sobre as mulheres, com base na observação da Fenda, coletivo de rap de mulheres de Belo Horizonte (MG).

Autora: Natália Martins Amaro

Orientador:  Elton Antunes

Programa de Pós-graduação: Comunicação Social

Ano da defesa: 2022

Financiamento: Capes

Série especial

O episódio 144 do Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Alicianne Gonçalves e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá. Integra série especial do podcast que apresenta pesquisas realizadas por mulheres sobre temáticas de gênero.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos realizados na UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa desenvolvido na Universidade. O Aqui tem ciência vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h, e fica disponível também em aplicativos de podcast, como o Spotify.