Pesquisa e Inovação

Pesquisa propõe ferramentas para aprimorar coleta de dados no mar

Tese venceu o Grande Prêmio na área de Ciências Exatas e da Terra e Engenharias

Explosão de plataforma de petróleo nos Estados Unidos, em 2010: redes sensores aquáticas podem mitigar impactos de acidentes ambientais
Explosão de plataforma de petróleo nos Estados Unidos, em 2010: redes de sensores aquáticas podem mitigar impactos de acidentes ambientais Pixabay / CC0 Creative Commons

O monitoramento das condições no fundo dos oceanos e de outros ambientes aquáticos ajuda a compreender a importância desse ecossistema na regulação do clima, na absorção de gás carbônico e no provimento de recursos primários, além de ser fundamental para a prevenção de catástrofes e para o controle do impacto da atividade humana. No entanto, as tecnologias de coleta de indicadores de temperatura, pressão, salinidade, pH, concentração de nitratos e intensidade das ondas ainda são bastante limitadas. Missões oceânicas com essa finalidade são caras, sujeitas às condições meteorológicas e arriscadas para a vida dos envolvidos. 

Contemplado na edição 2018 do Grande Prêmio UFMG de Teses, o trabalho Controle de topologia e roteamento oportunístico em redes de sensores aquáticas, do pesquisador Rodolfo Wanderson Lima Coutinho, consistiu no desenvolvimento de modelos matemáticos para solução de problemas que limitam a transmissão autônoma, eficiente e em larga escala por redes de sensores sem fio no fundo do mar. 

“O vazio de comunicação, que ocorre quando não há um sensor para continuar a transmissão, a baixa confiabilidade e o alto custo energético do canal acústico, que se vale de frequências de rádio, foram alguns dos problemas levados em consideração”, exemplifica o autor, que atualmente faz residência pós-doutoral na Universidade de Ottawa, no Canadá.

O trabalho de Rodolfo Coutinho foi abordado em matéria publicada na edição 2.042 do Boletim UFMG, que circula nesta semana.