A cidade de Belo Horizonte foi fundada no dia 12 de dezembro de 1897, após um processo de construção planejado, e com uma arquitetura inspirada nos modelos positivista europeu e estadunidense. Desde o princípio, o município foi concebido com o objetivo de assumir o título de capital mineira, anteriormente pertencente à cidade de Vila Rica, atual Ouro Preto.

Ao longo desses mais de 120 anos, Belo Horizonte cresceu e passou por algumas mudanças que, muitas vezes, vieram em conjunto, com ondas de urbanização. Se contarmos os moradores da Região Metropolitana, a cidade dá abrigo hoje a quase seis milhões de pessoas e ocupa o posto de terceira maior aglomeração urbana do país.

A fim de entender melhor o processo de urbanização da cidade, a arquiteta e urbanista Patrícia Capanema escreveu a tese Belo Horizonte: a spatial narrative in three episodes (em tradução livre, Belo Horizonte: uma narrativa espacial em três episódios), desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG, em cotutela com a Universidade da Bélgica.

No doutorado, Patrícia Capanema investigou três episódios de mudança crítica na história urbana da cidade. São eles: a fundação, a inauguração da Pampulha e o recente desenvolvimento urbano em Nova Lima. Nesta quinta-feira, 17, a pesquisadora falou sobre o trabalho, em entrevista ao programa Conexões.