Pesquisa e Inovação

Pesquisadores precificam serviços ecossistêmicos da Amazônia

Britaldo Soares-Filho, do IGC, e Raoni Rajão, da Escola de Engenharia, também defendem retomada de ações antidesmatamento

Região de floresta no município de Lábrea, no estado do Amazonas: desmatamento recrudesceu a partir de 2012
Região de floresta no município de Lábrea, no Amazonas: desmatamento recrudesceu a partir de 2012 Marcos Amend

A Amazônia tem ainda 80 milhões de hectares de terras não designadas – metade delas não ocupadas. Essa área deve ser protegida, por meio de demarcação e manutenção, antes que seja apropriada indevidamente e desmatada. Em artigo publicado na última edição da revista Nature Sustainability, sob o título Traditional conservation strategies still the best option, os professores Britaldo Soares-Filho, do Instituto de Geociências (IGC), e Raoni Rajão, da Escola de Engenharia, defendem ainda a retomada de ações de regulamentação, monitoramento e fiscalização por parte do governo e o reforço nos investimentos em pesquisa científica.

Soares-Filho e Rajão são também coautores do artigo Spatially explicit valuation of the Brazilian Amazon Forest’s ecosystem services, publicado no mesmo número do periódico, que divulga esforço inédito de precificação de serviços ecossistêmicos na Amazônia, realizado pelo Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) e pelo Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais (Lagesa), ambos vinculados à UFMG, e por grupo da Universidade de Viçosa (UFV), com financiamento do Banco Mundial.

Os dois artigos são abordados na reportagem de capa da edição 2041 do Boletim UFMG.