Pesquisa e Inovação

UFMG e PBH farão diagnóstico da população LGBT+ com mais de 60 anos

Pesquisadores buscam voluntários para preencher questionário e participar de entrevista

Fachada digital do Espaço do Conhecimento, na Praça da Liberdade, iluminada com as cores da bandeira LGBT+
Fachada digital do Espaço do Conhecimento, na Praça da Liberdade, iluminada com as cores da bandeira LGBT+ Juliana Ferreira | Espaço do Conhecimento UFMG

O Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero – Diverso UFMG e a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do projeto Longeviver LGBT+, realizará a primeira pesquisa de opinião pública para subsidiar a produção de diagnóstico sobre a situação da população LGTBT+ da capital mineira com mais de 60 anos.

O diagnóstico pretende consolidar uma compreensão multidisciplinar e detalhada do processo de envelhecimento das mulheres lésbicas, homens gays, travestis, pessoas trans e de outras identidades de gênero e sexualidades dissidentes que residem na cidade. Serão avaliados critérios como perfil socioeconômico, estrutura da família e histórico de fragilização de vínculos familiares, saúde mental e processos de adoecimento na velhice, violações de direitos e histórico de violência LGBTfóbica, percepção sobre segurança, vivência da sexualidade, matrimonialidade e outras relações afetivas, consumo, patrimônio e turismo.

A pesquisa será desenvolvida em duas etapas: preenchimento de questionário on-line e, caso o voluntário tenha interesse, entrevista com a equipe do Diverso, que vai captar a opinião dos participantes também em relação ao acesso e à qualidade dos serviços públicos de saúde, assistência social, transporte e mobilidade urbana, educação e cultura, políticas de geração de renda e empregabilidade, espaços públicos e políticas de esporte e lazer.

Estigmatização
Segundo os coordenadores da pesquisa, embora os direitos da pessoa idosa estejam garantidos pelos instrumentos legais, especialmente o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), não existe nenhum diagnóstico específico na capital mineira em relação às violações dos direitos da população idosa LGBT+, que sofre duplo processo de estigmatização e invisibilização.

O cruzamento de experiências da velhice e da vivência de identidades de gênero e sexualidades dissidentes poderá revelar as mais diversas formas de violação de direitos, como abandono financeiro e exploração econômica, violências física, psicológica, conjugal, sexual, abandono e negligência, autonegligência e isolamento social.  

O projeto
Instituído neste ano, o Longeviver LGBT+ é fruto da parceria construída ao longo dos últimos anos entre o Programa de Extensão Diverso UFMG, da Faculdade de Direito, e a Diretoria de Políticas para a População LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte.    

Mais informações podem ser encontradas nos perfis  do Diverso no Facebook e no Instagram e solicitadas pelo e-mail longeviverbh@gmail.com ou pelos telefones (31) 99428-9191 e (31) 92002-8117.