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Programa Conexões analisa onda de mudanças climáticas e suas consequências

Cenários de temperaturas extremas, enchentes e secas estão ocorrendo por todo o mundo

Em novembro de 2021, os líderes mundiais vão se reunir para criar um novo acordo ambiental
Em novembro de 2021, os líderes mundiais vão se reunir para criar um novo acordo ambiental Reprodução / Pexels

No último mês, ondas de calor extremas no Canadá e nos Estados Unidos excederam significativamente os registros históricos e apontaram para cenários preocupantes. O aumento da temperatura, que provocou pelo menos 100 mortes e diversos incêndios nos dois países, deve-se a um fenômeno conhecido como cúpula de calor, em que altas pressões prendem o ar quente nas regiões. As circunstâncias alarmantes, entretanto, não são casos isolados, e evidenciam problemas maiores e de raízes mais profundas. Na Europa Central, já são pelo menos 189 mortos e outras milhares de pessoas estão desaparecidas por causa das chuvas intensas. A água tem causado grandes inundações, principalmente na Alemanha, na Bélgica e na Holanda. No último ano, o inverno no hemisfério norte também bateu temperaturas recordes de frio. No Brasil, há um aumento significativo da frequência de grandes secas. Em todo o mundo, extremos climáticos estão se mostrando cada vez mais presentes. 

Nesta quarta-feira, 21, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, recebeu o professor Bernardo Machado Gontijo, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da UFMG (IGC), para falar sobre as mudanças climáticas e seus efeitos no mundo. Na entrevista com a jornalista Luíza Glória, o professor analisou a relação entre a humanidade, o meio ambiente e o clima global.

“As pessoas estão ocupando espaços que antes eram de vegetação adaptada ao clima. O problema são as pessoas ocupando o lugar que era da vegetação, ou seja, as pessoas derrubaram a vegetação. E isso serve para o Pantanal e para a Amazônia. Onde não deveria haver seca está tendo, porque isso foi provocado por um interesse econômico ou político qualquer. O risco é causado pelo componente humano, então não podemos colocar a culpa no clima. O problema é permitir ocupar espaços que não deveriam ser ocupados, é forçar pessoas a ocuparem espaços porque são excluídas de áreas propícias para a habitação”, explicou.


Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luiza Glória

Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael