Pesquisa e Inovação

Projeto de extensão da UFMG desenvolve podcast com relatos de moradores de rua

Projeto do Teatro Universitário já tem mais de 30 anos,tratando sempre de causa sociais

O próprio professor atua na telenovela, depois de anos fora da função
O próprio professor atua na telenovela, depois de anos fora da função Reprodução / Instagram

Nas praças e avenidas, perto de latinhas e fogueiras, um grupo de pessoas em situação de rua compartilha algumas de suas vivências, enquanto espantam o frio das madrugadas geladas do inverno mineiro, e espantam também a desesperança. E são essas histórias das ruas que podemos acompanhar na radionovela Histórias que a rua conta,  uma produção da Trupe A Torto e a Direito, uma parceria entre o Teatro Universitário e a Faculdade de Direito da UFMG.

A dramaturgia tem base em relatos de pessoas em situação de rua e que são assistidas pelo projeto Canto da Rua Emergencial, da Serraria Souza Pinto, associado ao programa Polos de Cidadania da UFMG. Durante a pandemia, o projeto tem oferecido assistência em alimentação, higiene e saúde às pessoas em situação de rua. A história é divida em quatro episódios, sendo que o primeiro deles já estreou e está disponível no Spotify. A direção geral da radionovela é do dramaturgo Fernando Limoeiro, coordenador da Trupe e professor do Teatro Universitário UFMG, que foi o convidado do programa Conexões desta quinta-feira, 1º. 

Na entrevista conduzida pela jornalista Luíza Glória, Limoeiro contou a história de formação da trupe e das linguagens que se aproximam do grupo. Ele também ressaltou o objetivo do projeto, que é unir a arte popular com a arte erudita e a temática de mobilização social ao teatro. 

“O riso para mim e, principalmente, para nós, que trabalhamos com arte, é uma arma. O riso é bom porque fere sem sangrar. E esse trabalho primoroso do Polos de Cidadania e do Teatro Universitário, dando voz a quem não tem, a gente pega as causas mais variadas”, afirmou.

Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luiza Glória

Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Luíza Glória