Meio Ambiente

Projeto Manuelzão integra campanha em memória das vítimas de barragens

‘Janeiro Marrom’ busca ampliar discussões sobre efeitos nocivos da mineração

Região atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho
Região atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho  Isac Nóbrega / Fotos Públicas

O Projeto Manuelzão está participando da campanha Janeiro Marrom, criada em memória das vítimas dos crimes ambientais cometidos nos últimos seis anos por mineradoras em Minas Gerais. Realizada por cerca de 50 organizações e movimentos sociais, a campanha visa manter ativa a discussão sobre as consequências nefastas do modelo de mineração realizado no país.

No período citado, três barragens se romperam em Minas (em Itabirito, em 2014, em uma operação da Herculano Mineração; em Mariana, em 2015, em uma mina da Samarco; e em Brumadinho, em 2019, em uma planta da Vale), matando, somadas, centenas de pessoas.

O professor Marcus Vinícius Polignano, da Faculdade de Medicina e coordenador do Projeto Manuelzão, explica que a campanha, além de denunciar os impactos decorrentes de formas destrutivas de mineração, também "honra a memória das pessoas que morreram em virtude dos acidentes e exige a devida reparação ambiental e social”.

Neste sábado, dia 25, o rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho, completará um ano, razão pela qual este mês foi escolhido para a campanha Janeiro Marrom. A data será marcada por uma reunião na cidade. “Será um encontro de vários segmentos da sociedade para demarcar uma visão sobre esse ato criminoso que marcou a história de Minas Gerais”, explica Polignano.

Criado em janeiro de 1997 por iniciativa de professores da Faculdade de Medicina da UFMG, o Projeto Manuelzão visa promover melhorias nas condições ambientais e na qualidade de vida da população. Seu foco de atuação é a Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas.

Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina