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Quais são os aspectos que diferenciam pessoas cis e pessoas trans?

Terceira reportagem da série sobre inclusão de atletas trans fala sobre os efeitos da hormonização para os corpos trans e como isso interfere no desempenho esportivo

A atleta Dani Nunes conta que após a transição sentiu uma queda no rendimento esportivo
A atleta Dani Nunes conta que desempenho esportivo caiu após a transição Arquivo pessoal

Uma das grandes polêmicas em relação à participação de pessoas trans nos esportes é a ideia de que elas, supostamente, teriam algum tipo de vantagem sobre pessoas cis. Mas, para entrar nesta questão, é preciso entender um pouco mais sobre os aspectos que diferenciam essas pessoas. A terceira reportagem da série O esporte é para todes? - Desafios para a inclusão de atletas trans fala sobre as questões biológicas em torno dos corpos trans e cis e discute como essas questões afetam o desempenho esportivo.

A transexualidade e a cisgeneridade fazem parte do que chamamos de identidade de gênero, isto é, a forma como as pessoas experienciam o gênero que se identificam. Esse gênero pode ser o mesmo que foi designado a alguém no nascimento, no caso de pessoas cis, ou diferente, no caso de pessoas trans. As pessoas trans, se assim desejarem, podem fazer uma terapia hormonal.  No caso das pessoas trans, a terapia hormonal vai repor os hormônios sexuais que o corpo dessas pessoas normalmente não produz ou produz em uma quantidade insuficiente, levando em consideração o nível hormonal de pessoas cis da mesma faixa etária. 

Atletas trans e especialistas ouvidos nesta reportagem contam como esse procedimento altera o corpo e afeta as habilidades esportivas. Saiba mais na reportagem apresentada por Igor Costa:

Amanhã, a quarta reportagem da série O esporte é para todes? - Desafios para a inclusão de atletas trans dá continuidade ao debate sobre as supostas vantagens de mulheres trans sobre mulheres cis nos esportes e explica de que modo a ciência pode contribuir para qualificar essa discussão. As reportagens da série vão ar até esta sexta, sempre às 10h15, em 104,5 FM ou no site da Rádio. A série tem produção de Igor Costa, Arthur Bugre e Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues.

Ouça também a primeira reportagem sobre as barreiras que pessoas trans enfrentam para chegar ao esporte profissional e a segunda reportagem sobre como os Jogos Olímpicos têm lidado, historicamente, como os corpos dissidentes, dos testes de gênero realizados nas primeiras edições às exigências atuais de controle de testosterona.