Saúde

Renda básica é alternativa à robotização e precarização do trabalho

Coronavírus acelera o debate sobre tema; Pesquisadora da UFMG explica

A renda básica universal vem sendo discutida há algum tempo, especialmente em virtude da dinâmica do mercado de trabalho e a tendência à robotização. Com a pandemia da Covid-19, esse debate foi acelerado no Brasil pela percepção de que a rede de proteção social ainda é fraca. O Bolsa Família é um programa similar, mas com condicionalidade que vincula o acesso ao benefício à matrícula e frequência das crianças na escola, excluindo famílias sem crianças. No caso da renda básica universal, essas famílias seriam incluídas no programa. 

Com a renda básica, segundo a professora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, Débora Freire, seria possível garantir um nível mínimo de renda às pessoas para que tenham condição de consumir alimentos e serviços básicos. Além do benefício moral, o programa teria vantagens econômicas, uma vez que aumentaria o consumo do mercado interno. Como fonte de financiamento, a professora indica a implantação de uma reforma tributária progressiva, tributando mais os mais ricos. 

Entrevistada: Débora Freire, professora da Faculdade de Ciências Econômicas - UFMG; 

Equipe: Diogo Diniz (produção), Marcia Botelho (edição de imagens), Jessika Viveiros (edição de conteúdo)