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​Retrospectiva 2017: crise nos presídios e no Ministério da Justiça

Em meio a motins nas penitenciárias, comando do Ministério da Justiça trocou de mão três vezes

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Plano Nacional de Segurança Pública: anunciado após confrontos nos presídios
Marcelo Camargo | ABr

O sistema carcerário brasileiro foi colocado em xeque em 2017 com motins que deixaram dezenas de mortos em presídios do Amazonas e Rio Grande do Norte. O Ministro da Justiça e Cidadania Alexandre de Moraes anunciou o Plano Nacional de Segurança Pública para reduzir homicídios e racionalizar e modernizar o sistema penitenciário, mas a proposta foi duramente criticada por especialistas. O Espírito Santo também viveu uma onda de violência com a greve dos policiais militares.

Em meio a essas tensões, o Ministério da Justiça e Segurança Pública trocou de mãos três vezes. Em fevereiro, saiu Alexandre de Moraes, nomeado para o Supremo Tribunal Federal após a morte de Teori Zavascki num acidente aéreo. Entrou Osmar Serraglio, uma indicação política que só durou até maio. Envolvido na Operação Carne Fraca, que investigou pagamento de propina a fiscais agropecuários para a liberação de produtos impróprios para o consumo, o peemedebista caiu, dando lugar a Torquato Jardim.

Em novembro, a Câmara começou a discutir um pacote de leis para a segurança pública. Entre os pontos aprovados, estão a obrigatoriedade da instalação de bloqueadores de celulares nas penitenciárias e o fim do atenuante de penas para condenados que tenham entre 18 e 21 anos. Outras propostas, mais polêmicas, não foram apreciadas ainda, como o projeto que acaba com o auto de resistência para obrigar a investigação de todas as mortes em confrontos com policiais. Relembre tudo isso em mais uma reportagem da Retrospectiva 2017.

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