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Sobrenome África: de onde vieram os escravizados?

Segunda reportagem de série especial fala sobre as regiões que enviaram pessoas ao Brasil

Escravas negras de diferentes nações, c.1834-1839. Litografia sobre papel de Jean-Baptiste Debret
Escravas negras de diferentes nações, c.1834-1839. Litografia sobre papel de Jean-Baptiste Debret Jean Baptiste-Debret | Coleção Martha e Erico Stickel | Acervo Instituto Moreira Salles

No dia nove de setembro de 1822, dois dias após a declaração da independência do Brasil de Portugal, atracou no Rio de Janeiro o navio Tejo, vindo de Luanda, em Angola. Ele trazia 376 pessoas, 96 a menos que a quantidade de embarcados, número dos que morreram na travessia. Os dados da viagem estão reunidos no site Slave Voyages, projeto que reúne informações sobre 36 mil tumbeiros, ou navios negreiros, que atravessaram o Atlântico carregados de africanos que seriam escravizados nas Américas. Não há informações sobre nomes ou sobrenomes originais dos passageiros, vendidos aos senhores no Rio de Janeiro.

O que essa e outras viagens revelam é o local do embarque dos africanos, o que dá uma ideia sobre as raízes dos mais de 122 milhões de descendentes que hoje vivem no Brasil, mas têm pouca ou nenhuma informação sobre suas origens. Na segunda reportagem da série "Sobrenome África", historiadores falam sobre os principais locais do continente que enviaram pessoas escravizadas ao Brasil. 

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Ouça aqui a primeira reportagem da série.

E aqui ou aqui, a playlist com as músicas veiculadas.