Institucional

Sônia Soares e Simone Lisboa assumem direção da Escola de Enfermagem

Nova diretora afirmou que conjuntura exige sensibilidade para acolher discussões de temas centrais da gestão acadêmica

Teresa Cristina / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem
Sandra, Sônia e Simone durante a assinatura do termo de posse da nova gestão
Teresa Cristina / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem

As professoras Sônia Maria Soares e Simone Cardoso Lisboa Pereira foram empossadas, respectivamente, nos cargos de diretora e vice-diretora da Escola de Enfermagem, na noite da última quarta-feira, 10 de outubro. Elas vão cumprir mandato até 2022.

Sônia Soares, que foi vice-diretora na gestão 2014-2018, ressaltou que, pela primeira vez, a Escola de Enfermagem tem em sua direção representantes de dois dos seus cursos: Enfermagem e Nutrição. “É um momento de mudança na condução da Escola que, na maturidade dos seus 85 anos de existência, está lançando as suas bases para um futuro que promete ainda mais realizações. Trata-se de romper com crenças que desafiam o nosso futuro e nos encoraja a pensar em uma Escola de Enfermagem em sintonia com sua forte missão e nos seus propósitos que não são apenas da formação de enfermeiros, nutricionistas e gestores de serviços de saúde, mas também a sua responsabilidade social”.

A diretora ressaltou que a nova gestão tem a missão de continuar lutando pela manutenção de uma universidade pública e autônoma, contribuindo efetivamente para o progresso da sociedade brasileira, por meio da formação de profissionais de saúde, prestação de serviços à comunidade, produção e divulgação do conhecimento científico.

Teresa Cristina / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem
Sônia Soares: luta por uma universidade pública e autônoma
Teresa Cristina / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem

Sônia Soares fez uma breve análise da conjuntura e afirmou que ela exige sensibilidade para acolher discussões de temas centrais que envolvem o processo da gestão acadêmica, como a defesa da autonomia universitária, ações afirmativas, inclusão e acessibilidade, internacionalização, políticas de mobilidade acadêmica e de qualificação docente e dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs), processo de trabalhos dos TAEs, incluindo a jornada de 30 horas, sustentabilidade econômica, social e ambiental. “É tempo de refletir, discutir, participar, construir e agir. Apostamos que é possível uma Escola de Enfermagem capaz de agregar pessoas em favor de um ambiente colaborativo e menos competitivo, para efetividade das ações no âmbito dos diferentes segmentos da nossa comunidade", pontuou.

Excelência no ensino
Em seu discurso de despedida como diretora, a professora Eliane Marina Palhares Guimarães enfatizou que a Escola de Enfermagem, nos seus 85 anos de existência, sempre foi reconhecida pela formação de profissionais de excelência, fruto da conjunção de esforços individuais e coletivos de todos que nela atuam. “Recentemente, esse reconhecimento foi expresso no resultado da avaliação do ranking das universidades federais, que concedeu o primeiro lugar ao curso de Enfermagem e o quarto lugar ao curso de Nutrição. É pertinente citar ainda a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC), que deu nota máxima aos cursos de Enfermagem, Nutrição e Gestão de Serviços de Saúde. Ao findar nosso mandato, comemoramos com a comunidade acadêmica os frutos de um trabalho conjunto e articulado, que contribuiu para que a nossa UFMG fosse classificada com uma das melhores universidades do Brasil", disse.

Rosânia Felipe / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem
Eliane Palhares: tradição extensionista e crescimento na pesquisa
Rosânia Felipe / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem

Eliane Palhares pontuou, ainda, que a Escola nunca se afastou de sua tradição extensionista. Trata-se da unidade da UFMG que, proporcionalmente ao número de docentes, mantém o maior número de projetos de extensão em desenvolvimento. Em relação à produção científica, a professora destacou que a Escola registrou crescimento efetivo dos projetos de intervenção e de pesquisa, com expressiva resposta às demandas sociais.

“O exercício da gestão nos mostrou que é primordial desempenhar o papel de catalisador e mediador das necessidades do conjunto dos docentes, discentes e técnico-administrativos, em uma conjuntura de desafios às instituições federais de ensino superior. Esses desafios devem ser enfrentados com a integração de esforços institucionais, com autonomia e responsabilidade, tendo como diretriz a interdependência funcional da instituição em suas inúmeras dimensões”, finalizou.

Os professores Selme Silqueira de Matos e Sérgio William Viana Peixoto fizeram discursos de homenagem às ex-diretoras e às atuais.

Cooperação e dedicação
Em seu pronunciamento, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida afirmou que reconhece nas professoras Eliane e Sônia os melhores traços da tradição de gestão da UFMG. “O espírito de cooperação, a dedicação incondicional à instituição e o comprometimento com os ideais mais nobres da nossa UFMG, o empenho para ajudar a formular soluções para tantos dilemas de dimensão institucional, tudo isso temperado com a necessária reflexão crítica, com a atenção aos anseios de uma coletividade, com respeito e com a condução da coisa pública conjugada à firmeza de atuação. Um equilíbrio intricado que essas duas guerreiras souberam construir com a maestria que lhes é característica”, enfatizou.

Teresa Cristina / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem
Sandra Goulart Almeida: posição firme contra atitudes autoritárias
Teresa Cristina / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem

Sandra Goulart Almeida desejou êxito às novas diretoras e se colocou à disposição, juntamente com o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira, para apoiar ações que tornem ainda mais relevante o trabalho realizado na Escola de Enfermagem. “Unidas seremos mais fortes e mais bem preparadas para a incansável luta pela universidade pública, gratuita, de qualidade, referência para o nosso país e de relevância para nossa sociedade”.

Por fim, a reitora mencionou o atual momento de grave crise institucional que, segundo ela, tem atingido amplos grupos sociais e instituições públicas estratégicas para a vida do país. “A UFMG tem se colocado firmemente contra atitudes autoritárias e despropositadas. Estamos atentas e engajadas na defesa da universidade pública, do Sistema Único de Saúde, do investimento contínuo na educação, na saúde, na ciência, na tecnologia, na cultura e na construção de políticas de Estado sustentáveis e sustentadas”, defendeu.

Trajetórias
Sônia Maria Soares é graduada em Enfermagem, com doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e bolsa-sanduíche da Kellog´s Foundation na University of Califórnia, San Francisco. Fez pós-doutorado na New York University, College of Nursing. É docente permanente com credenciamento pleno para orientação de mestrado e doutorado na linha de pesquisa Cuidar em Saúde e na Enfermagem. Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cuidado e Desenvolvimento Humano, desenvolve trabalhos com ênfase em Saúde do adulto e do idoso, Envelhecimento e qualidade de Vida, Cuidado em saúde e na enfermagem.

Simone Cardoso Lisboa Pereira é nutricionista com mestrado e doutorado em Microbiologia pela Universidade Federal de Viçosa e professora associada lotada no Departamento de Nutrição desde 2013. Coordena e participa de projetos de pesquisa e extensão nas áreas de Alimentação Coletiva e Saúde Coletiva. Líder do Grupo de Estudo, Pesquisa e Práticas em Educação, Alimentação e Nutrição (Gean), é professora colaboradora do mestrado em Nutrição e Saúde e docente permanente do Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional (Profbio).

Rosânia Felipe / Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem