Pesquisa e Inovação

Taxas de homicídio caem até 30% em favelas beneficiadas pelo Programa Vila Viva

Iniciativa de revitalização urbana da Prefeitura de Belo Horizonte é abordada em tese defendida na Faculdade de Medicina

Área em Belo Horizonte beneficiada com ações de revitalização urbana
Área em Belo Horizonte beneficiada com ações de revitalização urbana Projeto Vila Viva | Urbel / PBH

Favelas beneficiadas por intervenções do Programa Vila Viva, da Prefeitura de Belo Horizonte, registraram, no início desta década, queda de até 30% das taxas de homicídio, enquanto os aglomerados que não receberam as melhorias tiveram um aumento de 28,8%. 

Essa conclusão consta da tese da médica sanitarista Maria Angélica de Salles Dias, defendida no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina. Sua análise sobre essa intervenção estruturante em vilas e favelas da capital compreendeu um período de 11 anos (2002 a 2012). Entre as medidas, o programa promoveu revitalização urbanística, ações de desenvolvimento social e econômico e legalização de posse dos terrenos e domicílios em áreas vulneráveis.

De acordo com a pesquisadora, a melhoria na infraestrutura e no acesso a outras políticas urbanas e sociais nesses locais resultou, direta ou indiretamente, na queda da mortalidade por homicídios das áreas analisadas, em especial nos dois últimos anos do estudo, que coincidiu com a finalização de boa parte das intervenções do programa. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, sistematizado pela Secretaria de Saúde de Belo Horizonte.

edição 2.074 do Boletim UFMG traz matéria sobre a tese que analisou os impactos do programa.