Arte e Cultura

50 anos MHNJB - UFMG: série de vídeos explora temáticas e acervos do Museu universitário

Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG reúne diferentes áreas do conhecimento para contar a história da vida na Terra.

Fundado em agosto de 1969, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG possui um acervo de aproximadamente 24 mil itens, com coleções de peças e espécimes científicos preservados e vivos, divididas e contextualizadas em diferentes áreas do conhecimento. Em comemoração aos 50 anos do Museu, a TV UFMG apresentou, ao longo do mês, um conjunto de reportagens em vídeo sobre as temáticas exploradas. 

A primeira produção mostra destaques do acervo de Arqueologia, o primeiro a ser formado e o mais numeroso do Museu, conta o arqueólogo francês e professor aposentado da UFMG, André Prous. Nos anos 1970 o pesquisador funda o setor de Arqueologia do Museu e passa a desenvolver trabalhos em sítios arqueológicos, muitos deles em Minas Gerais. Dentre suas descobertas mais importantes está o fóssil humano mais antigo das Américas, batizado de Luzia, uma das peças que sobreviveram ao incêndio no Museu Nacional, do Rio de Janeiro. Além disso, coleções arqueológicas históricas e pré-históricas de cacos cerâmicos, artefatos líticos, partes de esqueletos e restos alimentícios fossilizados atraem pesquisadores brasileiros e internacionais interessados em investigar modos de vida, sistemas sociais e econômicos de povos antigos. 

O museólogo do MHNJB-UFMG, André Leandro Silva, explica que o acervo de Arqueologia, assim como o de Etnografia e de Arte Popular, oferecem perspectivas sobre a história humana, seus modos de vida e de expressão e propõe reflexões sobre os hábitos e práticas socioculturais de nossa sociedade atual. Na área de Arte Popular, o museólogo destaca o Presépio do Pipiripau, criado ao longo do século XX, pelo artesão Raimundo Machado.


Fauna e Flora

O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG é a quarta maior área verde de Belo Horizonte. O espaço tem aproximadamente 600 mil metros quadrados e possui vegetação diversificada e típica da Mata Atlântica. De acordo com a bióloga, Jacqueline Gomes Rodrigues, há 1500 plantas vivas catalogadas, dentre espécies nativas e exóticas. Quem visita o Museu pode conhecer o Jardim Sensorial, interagir com plantas aromáticas, além de apreciar lindas bromélias e orquídeas que são temas de pesquisas desenvolvidas pelo corpo técnico do Museu em parceria com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB-UFMG). A área verde forma um corredor ecológico que abriga diferentes espécies de animais, muitos deles simpáticos aos visitantes, como mostra o segundo vídeo da série: 


História da Terra
A terceira produção da série explora áreas do conhecimento que contam histórias sobre a formação, ocupação e exploração da Terra. No acervo de Paleontologia, fósseis e réplicas de grandes animais apresentam espécies de seres vivos que viveram num passado remoto. Simulando uma visita ao interior do Planeta, as coleções da Geologia convidam o visitante a refletir sobre a importância de minerais e rochas em nosso cotidiano. E no setor de Cartografia, além de croquis, cartas, mapas e globos antigos que exemplificam o modo como o homem já imaginou o mundo, o diretor do MHNJB, Gilberto Costa, destaca a exposição de documentos cartográficos sobre Belo Horizonte que revelam marcas de uma cidade em construção, que datam o final do século XIX e início do século XX, com áreas ainda pouco exploradas e fluxos d’água ainda sem canalização, por exemplo. Confira! 

Equipe: Olívia Resende (produção e reportagem); Samuel do Vale (cinegrafista); Mário Quinaud (iluminação e fotografia); Marcos Bispo (videografismo); Márcia Botelho (edição de imagens).