Internacional

UFMG é selecionada em programa de internacionalização da pós-graduação

Instituição passa a gerenciar o processo de distribuição de bolsas; quatro grandes áreas serão contempladas

Vista aérea do campus Pampulha: participação no programa vai alterar a cultura da pós-graduação
Vista aérea do campus Pampulha: participação no programa vai alterar a cultura da pós-graduação Foca Lisboa/ UFMG

A UFMG é uma das 25 Instituições de Ensino Superior (IES) vencedoras do Programa Institucional de Internacionalização (Print), da Capes. O resultado preliminar foi anunciado nesta segunda-feira, 20. As instituições que ficaram de fora têm dez dias para apresentar recursos, mas isso não altera a participação da UFMG no programa. O que pode ocorrer é uma redistribuição de recursos entre as instituições aprovadas caso outras tenham seus recursos deferidos.

A Universidade inscreveu quatro grandes temas (Sustentabilidade, manejo e governança; Novas tecnologias e fronteiras da ciência; Saúde e bem-estar e Direitos humanos), que contemplam mais de 60 programas de pós-graduação, de todas as áreas de conhecimento. A Capes investirá R$ 300 milhões por ano nessas instituições, durante os quatro anos do programa, que terá início em novembro.

"A participação no Print vai provocar uma mudança na cultura da pós-graduação da Universidade. Esperamos promover maior interação de pesquisadores da própria UFMG e entre instituições também aprovadas no programa. O caráter transversal e transdisciplinar do projeto trará muitos ganhos", observa a pró-reitora adjunta de Pós-graduação, Sílvia Alencar. 

Além disso, a partir de agora, a UFMG passa a conduzir todo o processo de internacionalização, tanto de dentro para fora, quanto de fora para dentro. “Até agora, os pedidos de bolsa eram realizados diretamente na Capes, individualmente ou por grupos de pesquisa. Com o Print, é a própria instituição que vai gerenciar a distribuição das bolsas, a partir de editais internos", explica a pró-reitora adjunta.   

De acordo com a Capes, o próximo edital do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) já contemplará mudanças. As cotas de bolsas serão distribuídas por instituição e não mais por curso. Não haverá mudança no número de cotas para cada instituição, que deverá esclarecer a sua política de distribuição e o processo de seleção de candidatos. Essa informação será utilizada para a concessão das bolsas a partir de edital que será lançado em 2020.

Os recursos do Print vão financiar auxílio para missões de trabalho no exterior, manutenção de projetos, bolsas no exterior (doutorado sanduíche, professor visitante júnior e sênior e capacitação em cursos de curta duração) e bolsas no Brasil (jovem talento, professor visitante e pós-doutorado).

Temas estratégicos
O processo de seleção teve início no ano passado e, entre os critérios para participação, a instituição teve de definir grandes temas a serem apoiados e mostrar, por meio de políticas e ações inovadoras, como ganharia maior protagonismo internacional nos próximos anos, além de estabelecer estratégias para o fortalecimento de grupos de pesquisa em colaboração internacional. A UFMG compartilhou a proposta com toda a comunidade acadêmica, conduzida pelo Comitê Gestor do Print, que agora continuará definindo as regras dos editais.

A análise de mérito envolveu um diagnóstico institucional, capacidade técnica do grupo gestor, coerência e viabilidade da proposta – bem como seu caráter inovador –, além da sua relevância, considerando o impacto sobre a instituição.  O monitoramento dos projetos será feito por comitê de especialistas nacionais e internacionais que vai considerar as metas propostas pelas próprias instituições.