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Série da Rádio UFMG Educativa aborda inclusão de atletas trans no esporte

Primeira reportagem trata das barreiras que esse grupo enfrenta para seguir carreira

Priscila Fogaça afirma que o esporte é importante na vida de qualquer pessoas, independentemente do gênero e orientação sexual
Priscila Fogaça: esporte é importante na vida de qualquer pessoa, independentemente do gênero e da orientação sexual Arquivo pessoal

Pela primeira vez, uma atleta trans compete nas Olimpíadas. A classificação da neozelandesa Laurel Hubbard, do levantamento de peso, para os jogos de Tóquio é considerado um feito para atletas trans mulheres e homens que, há anos, lutam por um esporte mais inclusivo. Elas e eles ainda são bem poucos no esporte profissional afinal. No Brasil, uma das únicas referências atualmente é Tifanny, recentemente contratada pelo Osasco Voleibol Clube. 

Mas por que isso ocorre? Quais as regras para a participação de atletas trans em competições olímpicas? Mulheres trans têm vantagens competitivas sobre mulheres cis? O que diz a ciência? É possível pensar o esporte de uma forma diferente, para além da atual divisão de equipes entre homens e mulheres? Essas são algumas questões que a Rádio UFMG Educativa discute, nesta semana, na série de reportagens O esporte é para todes? – desafios para a inclusão de atletas trans

Para respondê-las, a Rádio UFMG Educativa conversou com atletas trans e com alguns especialistas na área: Rafael Garcia, professor de educação física e doutor pela Federal do Rio de Janeiro, autor de tese sobre transgeneridade no vôlei, Leonardo Peçanha, pesquisador e membro da diretoria da Associação Brasileira de Estudos de Homocultura, Berenice Mendonça, professora do Setor de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da USP e ex-consultora do Comitê Olímpico Internacional, e Danusa Dias Soares, professora do Departamento de Educação Física da UFMG.

Obstáculos
A primeira reportagem aborda as barreiras que atletas trans enfrentam para chegar ao esporte profissional e, mais do que isso, permanecer e construir uma  carreira. Situações de transfobia, mudanças no corpo provocadas pela terapia hormonal, baixa expectativa de vida e violência contra as pessoas trans – o Brasil é o país que mais mata transexuais e travestis no mundo – são alguns dos obstáculos enfrentados por esse grupo de atletas para conseguir competir em alto nível. 

Nesta terça, a segunda reportagem da série fez uma abordagem histórica sobre a questão de gênero, que abrange desde os testes de gênero usados em edições passadas dos jogos às regras atuais que exigem de mulheres trans o controle de testosterona. As reportagens vão ar até esta sexta, às 10h15, na frequência 104,5 FM ou no site da emissora. A série tem produção de Igor Costa, Arthur Bugre e Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues.