A UFMG recebeu nesta semana dirigentes da Universidade Nacional do Altiplano (UNA), do Peru. Eles reuniram-se com diretores de unidades e pesquisadores, e, na manhã de hoje (quinta, 1º de dezembro), foram recebidos pela reitora Sandra Goulart Almeida para a assinatura de acordo de cooperação em pesquisa e mobilidade de estudantes.

Localizada na cidade de Puno, nos Andes, a 3.800 metros de altitude, a UNA foi fundada em 1856, reúne 19 faculdades e 36 escolas profissionais e tem quase 19 mil estudantes matriculados. “Estamos incrementando nossas ações de internacionalização e viemos conhecer universidades brasileiras, como a UFMG, que podem contribuir efetivamente para esse movimento”, disse o vice-reitor de Pesquisa da UNA, Ariel Velázco Cárdenas. A comitiva peruana teve encontros na Faculdade de Educação, na Escola de Engenharia, na Fafich e na Faculdade de Medicina.     

Sandra Goulart lembrou que a UFMG mantém parcerias importantes com outras 12 instituições de ensino e pesquisa do Peru. “É importante ampliar e diversificar nossa presença internacional, em diferentes regiões, e, naturalmente, a América do Sul é estratégica”, disse a reitora. Ela informou que o Peru pode ser um dos próximos países a integrar a Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), que ela preside atualmente. Os países-membros são hoje Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai.

Educação indígena
Segundo a diretora adjunta de Relações Internacionais da UFMG, Bárbara Orfanó, a previsão é que sejam abertas quatro vagas em cada uma das universidades para o intercâmbio de estudantes, e as áreas de cooperação serão definidas à medida que forem feitos os contatos entre pesquisadores.  

Um desses campos será certamente o de educação indígena. A UNA realiza diversos projetos com povos originários da região, de origem inca, sobretudo. O acordo firmado hoje começou a ser delineado em contato de pesquisadores da universidade peruana com integrantes da Formação Intercultural de Educação Indígena (Fiei), vinculada à FaE. “Há grande potencial para diálogo entre o trabalho que desenvolvemos na UFMG e as pedagogias utilizadas no contexto andino”, afirmou a professora da Fae Carolina Tamayo, que atua no Fiei e vem conversando há cerca de um ano e meio com o professor Julio Quispe, da UNA.