Especialistas do judiciário, professores, representantes de sindicatos e de movimentos da sociedade civil participam nesta segunda-feira, 15, da quarta edição do ciclo de debates Para além do rompimento, que terá como tema Corpo, vida, trabalho. O evento, que dá continuidade à série de discussões relacionadas à questão minerária no Brasil, é organizado pelo Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta), com apoio do Programa Participa UFMG.

Aberto ao público, sem necessidade de inscrições prévias, o  debate contará com as exposições de Maria Teresa Corujo (Movimento pelas Serras e Águas de Minas e representante da sociedade civil no Copam-MG),  Adriana Augusta de Moura (procuradora-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região), Rafael Ávila (Sindicato Metabase Inconfidentes), Francisco Lima (professor da Escola de Engenharia da UFMG) e Marcos Botelho (auditor fiscal do Trabalho). A abertura será feita pela pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, e pela professora Andrea Zhouri, coordenadora do Gesta.

De acordo com a equipe do Gesta, o objetivo é discutir as condições de trabalho na mineração, os argumentos sobre a geração de empregos que justificam a atividade, o processo de fragilização dos trabalhadores e a produção dos desastres diante do contexto crítico do rompimento das Barragens de Fundão (2015) e do Córrego do Feijão (2019), além das ameaças de rompimento de outras barragens em Minas Gerais.

As relações de trabalho na mineração, o gerenciamento pelas mineradoras das questões trabalhistas em situações de crise, limites da regulação estatal e do controle social e a dependência econômica de Minas Gerais em relação à mineração estão entre as questões que serão analisadas durante o evento, que ocorrerá no auditório 1, da Faculdade de Ciências Econômicas, no campus Pampulha, a partir das 18h30. 

Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no youtube.