Extensão

UFMG Talks sobre Sars-CoV-2​ no esgoto e adesivo antiviral está disponível no YouTube

Bate-papo reuniu os professores Carlos Chernicharo e Rubén Sinisterra

Carlos Chernicharo e Ruben Sinisterra foram os convidados da edição de maio do UFMG Talks em casa.
Carlos Chernicharo e Ruben Sinisterra foram os convidados da edição de maio do 'UFMG Talks em casa'Reprodução YouTube / TV UFMG

Pesquisadores de diversas áreas buscam alternativas e soluções para combater o novo coronavírus. Em outras edições, o programa UFMG Talks em casa discutiu temas como vacinas, diagnósticos, tratamentos, previsões e sequelas pós-covid-19. Na edição do último dia 29, disponível no canal da TV UFMG no YouTube, o tema foi o monitoramento dos esgotos e o desenvolvimento de nova tecnologia com ação antiviral que protege superfícies do Sars-CoV-2 por até 28 dias.

Coordenador do INCT ETEs Sustentáveis, o professor Carlos Chernicharo é um dos pesquisadores que, há mais de um ano, trabalham para identificar o novo coronavírus nos esgotos de Belo Horizonte e Contagem. Uma das inovações da metodologia desenvolvida pelo projeto reside na forma regionalizada de monitorar o esgoto, e não somente nas entradas das estações. “Grande parte do esgoto brasileiro não chega até as estações de tratamento, por isso percebemos rapidamente que essa metodologia americana e europeia não funcionaria no Brasil. Assim, optamos por fazer o monitoramento nas estações, mas também, e principalmente, em diferentes regiões de Belo Horizonte e Contagem”, explica Chernicharo.

Com o sucesso do projeto, o trabalho expandiu-se para outras cinco capitais brasileiras: Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba. A pesquisa é desenvolvida em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio da Copasa, Secretaria de Saúde de Minas Gerais e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).

Superfícies protegidas
Reconhecido por sua atuação nos campos da propriedade intelectual, patentes, transferência de tecnologia e inovação, o professor Ruben Sinisterra coordena pesquisa que resultou no Nanoativ, composto químico de ação antiviral capaz de proteger superfícies do Sars-Cov-2 por até 28 dias. Aplicado em uma fita adesiva, o Nanoativ foi testado no aeroporto de Campinas e alcançou ótimos resultados. “Colhemos amostras em duas horas, sete dias, 14 dias e 30 dias, e todas elas apresentaram resultados tanto antimicrobianos quanto antivirais”, afirma Sinisterra.

As fitas adesivas com o Nanoativ já estão disponíveis no mercado, e o composto químico também pode ser aplicado em loções gel sem álcool, espuma antisséptica e creme para as mãos.

Assista ao programa com as apresentações de Carlos Chernicharo e Rubén Sinisterra.

Silvia Dalben