Institucional

Universidades instituem fóruns em defesa da educação pública

Instâncias são parte de agenda sugerida por entidades nacionais

Entidades sugeriram realização de manifestações nas instituições de ensino
Entidades ligadas à educação pública vão construir calendário de mobilizações Andes-SN

Nos dias 4 e 5 de dezembro, definidos como datas de luta em defesa da educação pública, diversas instituições de ensino do país instituíram comitês e outros fóruns de mobilização que reúnem representantes de docentes, servidores técnicos e alunos. As entidades têm se mobilizado para combater os recentes ataques à educação pública.

Na UFMG, foi criado o Comitê UFMG em Defesa da Universidade Pública, Gratuita e Democrática, que reúne o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh), o Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE). A agenda de trabalho do Comitê será definida pelas entidades participantes.

Os eventos desta semana, em todo o país, foram sugeridos em reunião de entidades da educação federal, realizada em Brasília, em novembro, com o intuito de dar prosseguimento às articulações em defesa da educação pública. A data de 4 de dezembro foi motivada pelo aniversário de 30 anos da Constituição Federal de 1988.

A proposta de mobilização partiu da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). Também participam dessa articulação a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes).

“Uma mobilização em nível nacional para celebrar a Constituição de 1988 e os avanços democráticos que ela indicou é um movimento muito importante. Além disso, indica a necessidade de alimentarmos essa Constituição e de avançarmos nos aspectos democráticos”, ressalta o secretário geral da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rodrigo de Souza Filho, em matéria publicada no site daquela Universidade.

“Nossa tarefa é protagonizar, junto com as demais entidades e categorias, todas as iniciativas na defesa dos direitos, pelas liberdades democráticas e contra os retrocessos”, afirmou em nota o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

A Universidade Federal de Ouro Preto criou no último dia 4 a Frente Ufop em Defesa da Universidade Pública e das Expressões Democráticas. O projeto tem o objetivo de "preservar o caráter público da educação superior e a liberdade de mobilizações para que sempre exista debate dentro do ambiente acadêmico".

O Comitê UFMG em Defesa da Universidade Pública, Gratuita e Democrática vai integrar a Frente Mineira em Defesa da Educação e da Democracia, que será lançada na noite da próxima segunda-feira, 10, na Faculdade de Direito.