UFMG realiza pesquisa que busca avaliar a influência do estado emocional no comportamento motor durante a dança

O Laboratório de Neurodesenvolvimento e Evolução (NeuroDev) e o Laboratório de Análise do Movimento (LAM) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG estão desenvolvendo pesquisa sobre Rastreamento de padrões de estados emocionais no comportamento motor. O estudo busca avaliar os movimentos do corpo de bailarinos durante a improvisação de dança, para compreender como o estado emocional pode modificar o comportamento motor.

Orientado pelo professor Bruno Rezende de Souza, do Departamento de Biofísica e Fisiologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, e co-orientado pelo professor Thales Rezende de Souza, do Departamento de Fisioterapia da EEFFTO-UFMG, e pela pesquisadora Líria Nobrega, o estudo é desenvolvido pelo mestrando Bruno Cesar Burin Maracia, como parte de sua dissertação, e conta com a parceria entre o NeuroDev e o LAM. Inicialmente, o tema da pesquisa era sobre fisiologia das emoções e comportamento motor humano e, em seguida, outros campos de pesquisa foram incluídos, como a análise biomecânica da dança. O objetivo do estudo é investigar a correlação e a causalidade dos estados emocionais com o comportamento motor dançado. 

A partir do levantamento de dados, as informações poderão ajudar profissionais da saúde, do esporte e das artes para, futuramente, realizarem práticas mais adequadas em suas intervenções, considerando sempre o estado emocional do indivíduo que está em ação. Assim, o estudo pretende avaliar os movimentos do corpo durante a improvisação de dança, questionários de estados emocionais durante todo o processo, e respostas fisiológicas durante a observação de estímulos visuais de valência emocional.

Segundo o mestrando Bruno Maracia, até o momento foi observado que após seis minutos de dança livre improvisada o sujeito já apresenta uma alteração no estado emocional, mesmo quando ele é provocado por estímulos negativos. Logo, é possível dizer que o comportamento motor pode ser visto como um importante vetor de informações, que podem interferir nas áreas de pesquisa e atuação da saúde e de artes relacionadas a alterações emocionais. Esse levantamento auxilia a compreender como a dança pode ser o caminho mais lúdico para a intervenção clínica.

A coleta de dados é realizada por bailarinos, devido ao repertório de movimentos. Por serem profissionais, eles possuem familiaridade para dançar em lugares diferentes e serem observados. Com isso, obtemos maior controle sobre os movimentos que são feitos em seus cotidianos. A avaliação dos movimentos da improvisação em dança será realizada na EEFFTO e é solicitado que o bailarino vista roupas adequadas para dançar todo o procedimento.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG