Evento cultural

21ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha

Amostra representativa da vasta produção de peças de cerâmica, bordados, tecelagem e outros tipos de artesanato da região do Vale do Jequitinhonha estará exposta mais uma vez no campus Pampulha, de 12 a 17 de setembro de 2022. Esta será a 21ª edição da Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha UFMG.

Durante a semana, estarão na Praça de Serviços 90 expositores, que representam 26 municípios e 37 associações de artesãos, incluindo grupos dos povos indígenas Aranã e Pankararu-Pataxó, da Aldeia Cinta Vermelha, em Araçuaí. A entrada é gratuita e aberta ao público. A feira é organizada pela Pró-reitoria de Cultura, por meio do programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha.

Exposição, música e homenagens
De segunda a sexta, haverá apresentações musicais de Déa Trancoso, Nino Aras, Paulo Mourão, Wilson Dias e Grupo Meninas de Sinhá. O público que passar pelo local também poderá conferir a instalação plástico-sonora Sinfonia, do artista visual Pierre Fonseca, de Araçuaí. Por meio de um painel interativo, será possível ver diferentes pássaros do cerrado e ouvir seus cantos, utilizando a tecnologia QR Code de celulares.

Desde 2009, a feira presta homenagem a mestras e mestres de ofício, entre ceramistas, trançadeiras, tamborzeiros, fiandeiras, tecelãs, bordadeiras, escultores em madeira e outros artistas. Neste ano, as homenageadas serão a guardiã da cultura Elza Có e a mestra Gesilene Pataxó, em evento na sexta-feira,16, às 17h, na Praça de Serviços.

Conhecida como dona Elza Có, Elza Pereira de Andrade aprendeu a costurar e bordar muito cedo. A expressão de seu artesanato foi se expandindo com os anos, e aos poucos o bordado, o tricô, o corte de costura e a argila passaram a gerar complemento de renda fundamental para a família. Há 28 anos, ela assumiu o Boi de Janeiro e as negas de Heraldo, evento anual que lhe rendeu o título de símbolo cultural de Jequitinhonha. Do alto de seus 87 anos, o maior orgulho de Elza Có é contribuir para a perpetuação da cultura local por meio do grupo Boi Cometa, que ela fundou.

Liderança pataxó, Gesilene Braz da Conceição detém saberes ancestrais que estruturam a vida de sua comunidade na Aldeia Cinta Vermelha Jundiba, em Araçuaí. Referência na luta histórica em defesa dos territórios e direitos dos povos indígenas, a mestra enfrentou diversos percalços que a obrigaram a interromper os estudos, e ela passou a se dedicar ao artesanato e ao ensino do ofício. Após 20 anos sem frequentar a escola, conseguiu concluir os estudos pelo programa Educação de Jovens e Adultos e realizou o sonho de se formar em Pedagogia e tornar-se alfabetizadora. Aos 45 anos, Gesilene é professora da educação infantil em sua aldeia.

Leia mais sobre o evento.

Descrição Imagem
Objetos em cerâmica utilitários e ornamentais expostos em edição anterior da feira do Jequitinhonha Raphaella Dias | UFMG

Ficha técnica

Serviço

10 a 17 de setembro de 2022

Praça de Serviços

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Entrada franca

Campus Pampulha - Avenida Antônio Carlos, 6627