Não há Drummond sem Itabira, Fernando sem Sabino, "zunido" de vento sem Pedro Nava, atravessamento sem Adélia Prado ou silêncio das ondas sem Ana Martins Marques. Não existiria Milton sem "tons geniais", Skank e Pato Fu sem Sepultura, travessias sem o Clube da Esquina. "Uai, sô!", boteco sem torresmo, jiló frito sem fígado acebolado, quermesse sem quitanda, goiabada sem queijo, "cafezim" sem rapadura! E o Galo sem a Raposa, não é, Vander Lee? E "do lado esquerdo do peito", guardadinho num cantinho especial, o Coelho.
Para comemorar os 300 anos de Minas Gerais, o UFMG Talks em casa recebe a professora Márcia Almada, da Escola de Belas-Artes, e o professor José Newton Meneses, do Departamento de História da Fafich. Eles vão prosear sobre as origens da cozinha mineira, que remonta à época em que os tropeiros cruzavam os sertões. Reconhecida como patrimônio cultural imaterial, a culinária do estado é marcada pela fartura e pelos sabores. Suas receitas, transmitidas de geração em geração e guardadas a sete chaves, são parte viva da cultura, do jeito mineiro de ser.
Outro tema da conversa será a restauração de manuscritos do século 18, processo fundamental para se conhecer a história e as origens de Minas.
A última edição do ano do UFMG Talks em casa será nesta terça, 24 de novembro de 2020, a partir das 19h, com transmissão ao vivo pelo canal da TV UFMG no YouTube e na página da Universidade no Facebook. Após a apresentação, os convidados responderão a perguntas enviadas pelo público.
Sobre os convidados
Márcia Almada é professora da Escola de Belas Artes da UFMG e coordenadora do Laboratório de Conservação-Restauração de Documentos Gráficos e Fílmicos (LaGrafi). Suas pesquisas se desenvolvem no campo da cultura escrita em abordagem interdisciplinar.
José Newton Meneses é professor do Departamento de História da UFMG e diretor do Centro de Estudos Mineiros, onde pesquisa a história de Minas Gerais nos séculos 18 e 19. Suas abordagens incluem temas relacionados à alimentação e aos ofícios mecânicos e artesanato.
