Evento acadêmico

Hoje, às 19h: exposição de crianças às telas é assunto do 'Papo em pauta'

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Cada vez mais, crianças e adolescentes usam os dispositivos móveis para estudar, jogar, conversar, ler e se conectar. Essas e outras atividades cotidianas têm proporcionado um desequilíbrio no tempo que as crianças passam em frente às telas, no período de utilização dos dispositivos de tecnologia digital, tais como smartphones, tablets, computadores, videogames ou televisão, principalmente em meio à pandemia.

Para tratar do assunto, o Espaço do Conhecimento UFMG promoverá nesta terça, 14 de dezembro de 2021, a partir das 19h, mais uma edição do Papo em pauta. O encontro, transmitido pelo canal Espaço UFMG, no YouTube, tem o objetivo de responder  a questões relacionadas às consequências desse tipo de exposição, os limites de tempo  adequados, as ações recomendadas para o uso responsável da tecnologia e os possíveis riscos ao desenvolvimento infantil.
 
O evento terá a presença da perita da UFMG Júlia Machado Khoury. Psiquiatra e psicogeriatra formada pelo Hospital das Clínicas da Universidade, Júlia também é mestra e doutora em Medicina Molecular e pesquisadora do Núcleo em Vulnerabilidade e Saúde (NAVeS-UFMG). A mediação ficará a cargo da professora do Departamento de Comunicação Social e coordenadora do Núcleo de Comunicação e Design do Espaço, Camila Mantovani. O público também poderá participar enviando comentários e perguntas pelo chat da transmissão ou via redes sociais no @espacoufmg.  

Uso durante a pandemia
Com a presença cada vez mais marcante dos aparelhos eletrônicos em nossa rotina, o público infantil acaba sendo exposto muito precocemente. E os efeitos de uma longa exposição às telas podem ser notados na saúde mental, emocional e física. Os danos  causados por esse excesso ao desenvolvimento das pessoas até os 15 anos são tema de estudos e pesquisas no mundo todo.

Pesquisa da UFMG realizada em parceria com outras universidades do Brasil e coordenada pela neuropediatra Liubiana Arantes concluiu que o uso de celular por crianças durante a pandemia aumentou, extrapolando ainda mais o tempo recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (no máximo uma hora para crianças pequenas). Segundo 51% dos mais de 6 mil pais entrevistados, o tempo foi extrapolado excessivamente. Outros 24% responderam que os filhos tiveram entre duas e três horas de uso.

A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e smartphones no Brasil, revelou aumento do uso de telas de crianças de sete a nove anos. Em um ano, o índice passou de 30% para 43%, sendo que 19% das crianças utilizaram smartphones diariamente por três horas, e outros 24%, por quatro horas ou mais.

Descrição Imagem
Pesquisa realizada pela Kaspersky mostra que mais de 70% das crianças no Brasil têm celular ou tablet próprio antes dos 10 anos pxfuel