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A vida de mães de crianças com Síndrome Congênita do Zika vírus

Pesquisa de doutorado da UFMG estudou as vivências de mães em Campina Grande (PB) e identificou como essas mulheres trabalham as situações de vulnerabilidades

A pesquisadora Gaziela Hamad
A pesquisadora Gaziela Hamad Arquivo pessoal

Em 2015, o Brasil liderou a descoberta da relação do vírus zika e o aumento de casos de microcefalia e outras alterações neurológicas em bebês. De 2015 a janeiro de 2020, o País registrou, segundo o Ministério da Saúde, 3.512 casos confirmados da Síndrome Congênita do Zika vírus. A maioria, cerca de 62%, no Nordeste. 

Uma pesquisa de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG estudou como vivem as mulheres mães de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus na cidade de Campina Grande (PB). O estudo, defendido em 2019, foi realizado pela professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Graziela Zboralski Hamad. Os detalhes do trabalho são apresentados no episódio 32 do programa Aqui tem ciência.


RAIO-X DA PESQUISA

Título original: "Vivências de Mulheres: mães de crianças com Síndrome Congênita do Zika vírus"

O que é: Uma pesquisa de doutorado que procurou compreender como é a vida de mulheres - mães que tiveram filhos com a Síndrome Congênita do Zika vírus. Os resultados mostraram, que, na maioria das vezes, essas mães receberam o diagnóstico sem mais explicações sobre  o quadro clínico dos bebês e sobre a evolução da doença. Isso afetou diretamente a saúde mental dessas mulheres. Era o começo de uma jornada marcada por uma série de tensões e vulnerabilidades. A pesquisa também identificou que essas mesmas mulheres e suas famílias criaram estratégias de enfrentamento, favorecendo a adaptação à nova realidade.

Pesquisadora: Graziela Brito Neves Zboralski Hamad

Orientadora:  Profa. Kleyde Ventura de Souza

Programa de Pós-graduação:  Enfermagem

Ano da defesa: 2019

Financiamento: CAPES

O episódio 32 do programa Aqui tem ciência tem produção, apresentação e edição de Alicianne Gonçalves, e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento.

A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. Em março, todos os episódios do Aqui tem ciência trazem pesquisas feitas na UFMG por mulheres e sobre mulheres. 

primeiro episódio da série abordou a influência da questão de gênero no tratamento que as mulheres recebem no Sistema de Justiça Criminal.  Já o segundo episódio falou sobre uma pesquisa que analisou discursos de mulheres que são dirigentes de universidades mineiras.

O próximo programa, em 23 de março, falará sobre os modos de ser mulher representados nas capas da revista feminina Tpm. Para finalizar a série em homenagem às mulheres, o programa de 30 de março abordará como as escolhas de mobilidade urbana podem ser diferentes no caso de mulheres e homens de diferentes regiões de Belo Horizonte. 

O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.