Ácido presente no café e no pequi queima calorias
Pesquisa do ICA em parceria com a Unimontes alcançou resultados promissores em experimentos com camundongos
![Mateus Hidalgo/Wikipedia | CC BY-SA 2.5 O ácido gálico ocorre naturalmente em plantas nativas do cerrado brasileiro, como o pequi](https://ufmg.br/thumbor/24GnLLFcUx2qEn9AMY4IBOcnWFA=/0x36:963x677/712x474/https://ufmg.br/storage/8/4/9/0/8490343fbda31fb2e528e27a93b7dd55_15803130849884_2099677501.jpg)
Incluir ácido gálico na dieta pode facilitar a queima de calorias, combatendo, assim, a obesidade e outras doenças metabólicas. Esse achado inédito foi obtido em pesquisa realizada em parceria entre o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) e a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
O ácido gálico pode ser encontrado em diversos alimentos, como o café, a uva e o pequi. O professor Sérgio Santos, do Departamento de Engenharia de Alimentos do ICA, explica que o objetivo do estudo era avaliar o impacto desse ácido de ocorrência natural em alimentos brasileiros, especialmente do cerrado, na modulação das sirtuínas, enzimas importantes para o metabolismo humano e de outros animais.
Reversão
Os testes foram feitos em camundongos com dietas ricas em gordura que desenvolveram doenças como obesidade e aumento de diabetes e colesterol. Após tratamento com o ácido gálico, foi observada uma reversão desses quadros nesses animais. Os resultados podem representar o primeiro passo para aplicação do ácido no tratamento de pessoas com síndrome metabólica e obesidade.
O professor Sérgio Santos foi o entrevistado desta semana do programa Veredas da Ciência, veiculado pela Rádio UFMG Educativa Montes Claros. A reportagem é de Amanda Lelis.