Pesquisa e Inovação

Ácido presente no café e no pequi queima calorias

Pesquisa do ICA em parceria com a Unimontes alcançou resultados promissores em experimentos com camundongos

O ácido gálico ocorre naturalmente em plantas nativas do cerrado brasileiro, como o pequi
O ácido gálico está presente em plantas nativas do cerrado, como o pequi Mateus Hidalgo/Wikipedia | CC BY-SA 2.5

Incluir ácido gálico na dieta pode facilitar a queima de calorias, combatendo, assim, a obesidade e outras doenças metabólicas. Esse achado inédito foi obtido em pesquisa realizada em parceria entre o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) e a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). 

O ácido gálico pode ser encontrado em diversos alimentos, como o café, a uva e o pequi. O professor Sérgio Santos, do Departamento de Engenharia de Alimentos do ICA, explica que o objetivo do estudo era avaliar o impacto desse ácido de ocorrência natural em alimentos brasileiros, especialmente do cerrado, na modulação das sirtuínas, enzimas importantes para o metabolismo humano e de outros animais.

Reversão
Os testes foram feitos em camundongos com dietas ricas em gordura que desenvolveram doenças como obesidade e aumento de diabetes e colesterol. Após tratamento com o ácido gálico, foi observada uma reversão desses quadros nesses animais. Os resultados podem representar o primeiro passo para aplicação do ácido no tratamento de pessoas com síndrome metabólica e obesidade.

O professor Sérgio Santos foi o entrevistado desta semana do programa Veredas da Ciência, veiculado pela Rádio UFMG Educativa Montes Claros. A reportagem é de Amanda Lelis.