Saúde

'Ambiente obesogênico' é investigado em tese da Escola de Enfermagem

Pesquisa mostra como as pessoas são influenciadas pelas características dos estabelecimentos alimentícios no seu entorno

Patrícia Freitas: monitoramento das comunidades para identificar eventuais mudanças no ambiente
Patrícia Freitas: monitoramento das comunidades para identificar eventuais mudanças no ambiente Rosânia Felipe / Escola de Enfermagem

A confluência entre os ambientes físico, econômico, político e sociocultural, geradores de oportunidades que promovem a obesidade, é definida na literatura como “ambiente obesogênico”. “As escolhas alimentares podem ser explicadas por fatores como a disponibilidade, o preço e a variedade dos alimentos no comércio em determinado circuito e também dependem de condições demográficas e sociais”, afirma a nutricionista Patrícia Pinheiro de Freitas. Vinculada ao Grupo de Pesquisa de Intervenções em Nutrição (GIN), do Departamento de Nutrição da UFMG, ela participou de estudo que buscou relacionar a prevalência do excesso de peso ao ambiente obesogênico. 

As amostras selecionadas foram as áreas compreendidas em um raio de 1.600 metros em torno de 18 unidades do Programa Academia da Saúde (PAS), em Belo Horizonte. Todos os seus usuários foram investigados. “Os participantes residem perto e circulam nas imediações daqueles centros, que foram escolhidos por serem referência em promoção e vigilância em saúde”, justifica a nutricionista. 

A pesquisa resultou na tese de doutorado Ambiente alimentar e excesso de peso em usuários do programa Academia da Saúde, defendida no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFMG, no último mês de maio, e também serviu de base para artigo publicado no periódico Nutrition. O assunto foi abordado na edição 2.070 do Boletim UFMG.