A Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) elegeu, na última sexta-feira, 28 de julho, sua nova Diretoria Executiva para o mandato 2023-2024. A entidade será presidida no período pela reitora Márcia Abrahão, da Universidade de Brasília (UnB), que terá como vice-presidentes os reitores Lucia Campos Pellanda, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), José Daniel Diniz Melo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Sylvio Mário Puga Ferreira, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e Valder Steffen Júnior, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A eleição foi realizada durante a 194ª Reunião Ordinária do Conselho Pleno da Andifes, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Duas chapas disputaram a Diretoria Executiva. A chapa liderada por Márcia Abrahão obteve 38 votos, enquanto a concorrente, encabeçada pela reitora Joana Guimarães, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), teve 28 votos.

Até o pleito desta sexta-feira, a Andifes era presidida pelo reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca. Os vice-presidentes eram Alfredo Macedo Gomes (UFPE), Dácio Roberto Matheus (UFABC), Evandro Aparecido Soares da Silva (UFMT) e Marcele Regina Nogueira Pereira (Unir).

Autonomia e fim da lista tríplice
“A Andifes continuará trabalhando para o fortalecimento das universidades, com ampla participação, de forma colaborativa, democrática e propositiva, e com equidade e união. Temos o compromisso de defender a autonomia universitária, atuando pelo fim da lista tríplice para escolha de reitoras e reitores das universidades federais e pela recomposição orçamentária das nossas instituições”, declarou Márcia Abrahão.

Criada em 1989, a Andifes é a representante oficial das universidades federais na interlocução com o governo federal. Reúne 69 instituições, além de dois centros federais de educação tecnológica (Cefets) e dois institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets).

A nova presidente da Andifes foi a primeira mulher eleita reitora da Universidade de Brasília, em novembro de 2016. Em 2020, foi reconduzida ao cargo por mais quatro anos. Na Andifes, atuou como segunda vice-presidente, no mandato 2021/2022. Também atuou como vice-presidente da Comissão de Autonomia, que elaborou neste ano proposta de projeto de lei que prevê o fim da lista tríplice para a nomeação de reitores. A proposta foi aprovada e encaminhada ao relator da matéria na Câmara Federal, o deputado Patrus Ananias (PT-MG).

Graduada, mestra e doutora em Geologia pela UnB, Márcia Abrahão é docente do Instituto de Geociências desde 1995. De 2008 a 2011, coordenou a implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) no âmbito da UnB. À época, esteve à frente da criação dos campi de Gama e Ceilândia e da ampliação de vagas nos campi de Planaltina e Darcy Ribeiro.