Institucional

Anunciados os cinco projetos selecionados para a fase 2 do InovaLab UFMG

Na primeira etapa do programa, pesquisadores participaram de mentorias de amadurecimento de seus produtos, que têm aplicações em áreas como saúde, agricultura, ciências biológicas e sustentabilidade

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O professor Flávio Fonseca apresenta projeto baseado no desenvolvimento de serviço de detecção de moléculas por meio da ressonância plasmônica de superfície em nanossensores de ouroFoto: Jebs Lima

Foram conhecidos na última sexta-feira, dia 30, os cinco projetos que serão incubados na fase 2 do programa Inovalab UFMG, desenvolvido pela Inova UFMG, a incubadora de empresas da Universidade. O evento realizado no CAD 3 marcou o encerramento da primeira fase da iniciativa, que recebeu propostas de projetos de base tecnológica ou de capital intelectual da UFMG em hard science

De acordo com a pró-reitora adjunta de Pesquisa, Jacqueline Takahashi, a UFMG é referência em inovação e empreendedorismo. “É indiscutível o prestígio da Universidade em relação tanto ao que produzimos quanto no que diz respeito à aplicação que as empresas fazem de nossas tecnologias. Por isso, é importante empreender, para que essas tecnologias cheguem à sociedade na forma de novos produtos, processos e serviços”, defendeu a professora.  

Durante seis meses, as dez equipes que participaram da primeira fase do programa receberam mentorias ligadas ao grau de maturidade tecnológica e mercadológica dos projetos, da estratégia adotada para a gestão da propriedade intelectual, da composição do time e dos recursos. Para uma das participantes, a professora Luciana Regina Ferreira Pereira da Mata, da Escola de Enfermagem, foi um período de intensa e proveitosa capacitação. “A primeira fase foi riquíssima e trouxe um novo olhar sobre o quanto nossas pesquisas têm potencial de mercado. Foi possível ampliar os horizontes sobre parcerias financeiras entre os setores público e privado e sobre a estrutura organizacional da UFMG para fomentar e assessorar o desenvolvimento de startups”, afirmou Luciana da Mata.

Eixos
Segundo os organizadores, a seleção para a InovaLab- Fase 2 teve como base a performance dos projetos nos quatro eixos que estruturam o programa: time, tecnologia, mercado, recursos e infraestrutura. Os cinco empreendimentos de maior nota foram selecionados para a etapa seguinte, que terá duração de até três anos. “Havia projetos que se encontravam mais maduros e não caberiam no programa, e outros precisavam apenas de pequenos ajustes. A escolha, portanto, visou empresas que tinham um equilíbrio entre esses quatro aspectos e que não se encontravam em estágio muito inicial ou muito avançado de desenvolvimento, uma vez que nossos recursos humanos para o trabalho de incubação não são exatamente no volume de que precisamos. Todas as propostas apresentaram méritos, porém não havia recursos humanos suficientes para cuidar de todas”, ponderou o Diretor da CTIT-Inova, professor Gilberto Medeiros.

Os selecionados

IUProst®
O aplicativo é uma tecnologia mHealth desenvolvida por enfermeiros da Escola de Enfermagem que pesquisam incontinência urinária masculina, em parceria com especialistas da área de desenvolvimento de softwares de saúde do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG). É um aplicativo móvel gratuito, disponível na Google Play Store, destinado a homens que apresentam incontinência urinária após a cirurgia de retirada da próstata, denominada prostatectomia radical. Foi desenvolvido como estratégia adicional ao tratamento da incontinência urinária, de forma interativa e dinâmica, viabilizando o acesso a informações, orientações de autocuidado e autoconhecimento. A pesquisadora responsável é a professora Luciana da Mata, da Escola de Enfermagem.

Bhmax – Bio Harvest Max
O projeto consiste no desenvolvimento e comercialização de formulações de um produto que contém bioestimulante para o cultivo de hortaliças em meio hidropônico ou outras culturas que se mostrarem mais relevantes. O portfólio da empresa será futuramente expandido com novos produtos, como fertilizantes de eficiência aumentada. Os pesquisadores responsáveis são os professores Ângelo de Fátima, do ICEx, Luzia Modolo, do ICB, e Gisele Goulart, da Faculdade de Farmácia.

Nano Signals
Projeto baseia-se no desenvolvimento de um serviço de detecção de moléculas por meio da ressonância plasmônica de superfície em nanossensores de ouro. O método dispensa o preparo específico da amostra, e a medição é feita em espectrômetros convencionais. A tecnologia do uso de nanossensoreamento baseado em plasmônica de superfície pode ser aplicada em qualquer molécula com um ligante específico. O professor Flávio Fonseca, do ICB, é o pesquisador responsável.

E-LAB
Tecnologia consiste no processamento hidrometalúrgico de placas de circuito impresso de computadores para a produção de ouro e cobre de alta pureza. Além de garantir a recuperação eficiente dos dois metais, a tecnologia possibilita a separação total de diversos outros materiais (coprodutos) presentes nas placas de circuito impresso, que podem ser diretamente reciclados ou reaproveitados. Virgínia Ciminelli e Daniel Majust, docentes da Escola de Engenharia, são os pesquisadores responsáveis.

Fluone – influenza one health
Proposta é centrada no desenvolvimento de plataforma de monitoramento de variantes de influenza suína e aviária, visando à detecção precoce de potenciais influenzas pandêmicas, com foco na criação de vírus recombinantes e de metodologia avançada para seu crescimento em células como alternativa sustentável ao método tradicional em ovos. O professor Ricardo Tostes Gazzinelli (ICB/ CTVacinas) é o pesquisador responsável.

Janaína Coelho | jornalista da CTIT